Noite na Taverna: cópia com variações

Francilda Araújo Inácio

ORCID iD Centro Federal de Educação Tecnológica da Paraíba (CEFET-PB) Brasil

Resumo

Este estudo aborda questões relativas à Noite na taverna, obra em que Álvares de Azevedo, num procedimento intertextual, pouco comum, realiza um diálogo com produções e autores consagrados da tradição, assumindo o simulacro, nos termos definidos por Gilles Deleuze como uma reversão, uma ruptura direcionada à criação. Seguindo um movimento de recusa da representação, o simulacro se opõe à tendência de a cópia voltar ao passado originário, para reproduzi-lo sem diferença e, portanto, sem crítica, não se tratando de uma reprodução pura e simples, mas da produção de algo diferente. No caso específico de Noite na taverna, que evidencia de forma clara sua filiação a fontes literárias, temos um movimento de choque com a tão propalada originalidade romântica, que empreende ainda um percurso em direção ao descentramento do discurso literário convencional e do sujeito–criador - como instância única e privilegiada da criação.

Palavras-chave


Romantismo; simulacro; kitsch; intertextualidade; descentramento


Texto completo:

Referências


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DOI: http://dx.doi.org/10.18265/1517-03062015v1n14p101-107

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