Noite na Taverna: cópia com variações
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-03062015v1n14p101-107Palavras-chave:
Romantismo, simulacro, kitsch, intertextualidade, descentramentoResumo
Este estudo aborda questões relativas à Noite na taverna, obra em que Álvares de Azevedo, num procedimento intertextual, pouco comum, realiza um diálogo com produções e autores consagrados da tradição, assumindo o simulacro, nos termos definidos por Gilles Deleuze como uma reversão, uma ruptura direcionada à criação. Seguindo um movimento de recusa da representação, o simulacro se opõe à tendência de a cópia voltar ao passado originário, para reproduzi-lo sem diferença e, portanto, sem crítica, não se tratando de uma reprodução pura e simples, mas da produção de algo diferente. No caso específico de Noite na taverna, que evidencia de forma clara sua filiação a fontes literárias, temos um movimento de choque com a tão propalada originalidade romântica, que empreende ainda um percurso em direção ao descentramento do discurso literário convencional e do sujeito–criador - como instância única e privilegiada da criação.
Downloads
Referências
AZEVEDO, Álvares. Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000.
BYRON, George Gordon. Beppo: uma história veneziana. Tradução, introdução e notas de Paulo Henriques Brito. Rio de Janeiro: Nova fronteira, 1989.
BROCA, Brito. Românticos, Pré-românticos, ultra-românticos – Vida literária e Romantismo brasileiro. Estética/solis/INL/MEC, São Paulo: 1979.
CANDIDO, Antonio. A Educação pela noite & outros ensaios. Ática: São Paulo: 1987.
CANDIDO, Antonio. Formação da Literatura Brasileira. Vol.2, Rio de Janeiro/Belo Horizonte: Itatiaia, 1997.
CUNHA, Cilaine Alves. Entusiasmo indianista e Ironia byroniana. (tese). USP, 2000.
COUTINHO, Afrânio. A Literatura no Brasil – Era romântica. 5. ed., São Paulo: Global, 1999. Vol. 3.
DELEUZE, Gilles. Lógica do sentido. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 2003.
LIMA, Roberto Sarmento. Manuel Bandeira: o mito revisitado (uma leitura intertextual da poética da modernidade), Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1987.
MOLES, Abraham. O Kitsch. 5. ed., São Paulo: Perspectiva, 2001.
SCHWARZ, Roberto. Que horas são? São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
• O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s), nem esteja publicado em anais de congressos e/ou portais institucionais;
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es). Opiniões e perspectivas expressas no texto, assim como a precisão e a procedência das citações, são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es), e contribuem para a promoção dos:
- Princípios FAIR (Findable, Accessible, Interoperable, and Reusable – localizável, acessível, interoperável e reutilizável);
- Princípios DEIA (diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade).
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigos às normas da publicação.
Responsabilidades dos autores e transferência de direitos autorais
Os autores devem declarar a originalidade do estudo, bem como o fato de que este não foi publicado anteriormente ou está sendo considerado para publicação em outro meio, como periódicos, anais de eventos ou livros. Ao autorizarem a publicação do artigo na Revista Principia, os autores devem também responsabilizar-se pelo conteúdo do manuscrito, cujos direitos autorais, em caso de aprovação, passarão a ser propriedade exclusiva da revista. A Declaração de Responsabilidades dos Autores e Transferência de Direitos Autorais deverá ser assinada por todos os autores e anexada ao sistema como documento suplementar durante o processo de submissão. Clique no link abaixo para fazer o download do modelo.
Esta revista, seguindo as recomendações do movimento de Acesso Aberto, proporciona seu conteúdo em Full Open Access. Assim os autores conservam todos seus direitos permitindo que a Revista Principia possa publicar seus artigos e disponibilizar pra toda a comunidade.
A Revista Principia adota a licença Creative Commons 4.0 do tipo atribuição (CC-BY). Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, inclusive para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
Os autores estão autorizados a enviar a versão do artigo publicado nesta revista em repositório institucionais, com reconhecimento de autoria e publicação inicial na Revista Principia.