"A minha lavadeira na janela": a incorporação do prosaísmo e do humor na poesia romântica
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-03062015v1n23p57-60Palavras-chave:
poesia, Álvares de Azevedo, prosaísmo, humor, desidealização, romantismoResumo
Álvares de Azevedo foi o primeiro romântico a conferir ao prosaico categoria poética, ao utilizar a ironia como técnica poética e ao incorporar, tanto aos versos como à prosa, elementos da experiência cotidiana, como o faz, por exemplo, com imagens consideradas essencialmente poéticas. A poetização do prosaico ocorre na obra azevediana, não apenas por exigência de uma personalidade contraditória, mas como execução de um programa conscientemente traçado, de reivindicação de uma poética dual que possibilitasse o trânsito binômico de diferentes registros linguísticos. Desse modo, ele conseguiu antecipar características fundamentais do Modernismo, como, por exemplo, o privilégio do cotidiano e a ruptura da primazia do poético sobre o prosaico. Essas conquistas, em Álvares de Azevedo, estavam baseadas em um projeto de pensamento motivado pela abolição do mundo transcendente que servia de modelo para o nosso, o que possibilitou levar a sua poesia em direção à vida concreta e terrena. O presente texto tem como objetivo analisar, em Álvares de Azevedo, esse processo de incorporação de elementos prosaicos e do humor à poesia que o levou, num certo sentido, a caminhos distintos aos de outros poetas românticos da segunda geração do nosso Romantismo.
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Referências
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