Qualidade de mudas de mamoeiro Formosa (Carica papaya L.) produzidas em substratos com rejeitos de mica na composição e fertilização com urina de vaca
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-0306a2020v1n52p9-19Palavras-chave:
Adubos orgânicos, Carica papaya L., Produção de mudas, Rejeito de mineração, Sustentabilidade ambientalResumo
Embora o mamoeiro (Carica papaya L.) seja uma das culturas mais expressivas da fruticultura brasileira, inexistem informações sobre a produção de mudas dessa espécie em substratos com rejeitos de moscovita (mica) e uso de urina de vaca como fertilizante orgânico. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência de substratos com diferentes proporções de mica e com uso de urina de vaca como fertilizante orgânico na qualidade das mudas de mamoeiro Formosa. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 5 x 2, correspondendo aos percentuais de 0,0%; 25,0%; 50,0%; 75,0% e 100,0% de mica no substrato, sem e com aplicação semanal de urina de vaca diluída em água (5,0%), totalizando quinze repetições. As variáveis analisadas foram a razão altura/diâmetro do caule, área foliar total, massa seca da parte aérea, massa seca radicular, massa seca total, alocação de biomassa foliar, alocação de biomassa caulinar, alocação de biomassa radicular e índice de qualidade de Dickson. As mudas de mamoeiro Formosa com melhor qualidade agronômica foram produzidas em substrato com 48,3% de mica na composição e aplicação semanal de urina de vaca diluída em água a 5,0%.
Downloads
Referências
BENINCASA, M. M. P. Análise de crescimento de plantas: noções básicas. Jaboticabal: FUNEP, 2003. 42 p.
BOEMEKE, L. R. A urina de vaca como fertilizante, fortificante e repelente de insetos. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, v. 3, n. 4, p. 41-42, 2002. Disponível em: https://www.emater.tche.br/docs/agroeco/revista/ano3_n4/dica.pdf. Acesso em: 3 ago. 2020.
COELHO, E. F.; SIMÕES, W. L.; LIMA, D. M. Crescimento e produtividade do mamoeiro cultivar Sunrise solo sob irrigação nos Tabuleiros Costeiros da Bahia. Magistra, v. 22, n. 2, p. 96-102, 2010. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/31937/1/Welson-MAGISTRA-2010-1.pdf. Acesso em: 3 ago. 2020.
DALMAGO, G. A. et al. Retenção e disponibilidade de água às plantas, em solo sob plantio direto e preparo convencional. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 13, (Suplemento), p. 855-864, 2009. DOI: https://doi.org/10.1590/S1415-43662009000700007.
DICKSON, A.; LEAF, A. L.; HOSNER, J. F. Quality appraisal of white spruce and white pine seedling stock in nurseries. Forestry Chronicle, v. 36, n. 1, p. 10-13, 1960. DOI: https://doi.org/10.5558/tfc36010-1.
DANTAS, J. L. L.; JUNGHANS, D. T.; LIMA, J. F. (ed.). Mamão: o produtor pergunta, a Embrapa responde. 2. ed. Brasília, DF: Embrapa, 2013. 151 p.
FERREIRA, D. F. Sisvar: A guide for its Bootstrap procedures in multiple comparisons. Ciência e Agrotecnologia, v. 38, n. 2, p. 109-112, 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-70542014000200001.
FREIRE, J. L. O. et al. Desempenho fitotécnico e teores clorofilianos de cultivares de alfaces crespas produzidas com fertilização à base de urina de vaca no Seridó paraibano. Agropecuária Científica no Semiárido, v. 12, n. 3, p. 258-267, 2016. Disponível em: http://revistas.ufcg.edu.br/acsa/index.php/ACSA/article/view/824. Acesso em: 3 ago. 2020.
FREIRE, J. L. O. et al. Teores clorofilianos, composição mineral foliar e produtividade da couve-manteiga adubada com urina de vaca. Brazilian Journal of Animal and Environmental Research, v. 2, n. 2, p. 836-845, 2019. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJAER/article/view/1733. Acesso em: 3 ago. 2020.
FREIRE, J. L. O.; NASCIMENTO, G. S. Produção de mudas de maracujazeiros amarelo e roxo irrigadas com águas salinas e uso de urina de vaca. Revista de Ciências Agrárias, v. 41, n. 4, p. 981-988, 2018. DOI: https://doi.org/10.19084/RCA18164.
GADELHA, R. S. S.; CELESTINO, R. C. A.; SHIMOYA, A. Efeito da utilização de urina de vaca na produção da alface. Pesquisa Agropecuária & Desenvolvimento Sustentável, v. 1, n. 2, p. 179-182, 2003. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-737X2010000400011.
GALVÃO, R. O. et al. Desempenho de mudas de mamoeiro cv. Sunrise solo sob diferentes substratos orgânicos. Revista Caatinga, v. 20, n. 3, p. 144-151, 2007. Disponível em: https://periodicos.ufersa.edu.br/index.php/caatinga/article/view/475. Acesso em: 3 ago. 2020.
HAFLE, O. M. et al. Produção de mudas de mamoeiro utilizando Bokashi e Lithothamnium. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 31, n. 1, p. 245-251, 2009. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-29452009000100034.
HUNT, G. A. Effect of Styroblock Design and Cooper Treatment on Morphology of Conifer Seedlings. In: WESTERN FOREST NURSERY COUNCIL CONFERENCE, 1990, Roseburg, Oregon. Proceedings [...]. Fort Collins: United States Department of Agriculture, Forest Service, 1990. p .218-222.
LUZ, A. B. et al. Pegmatitos do Nordeste: diagnóstico sobre o aproveitamento racional e integrado. Rio de Janeiro: CETEM/MCT, 2003. (Série Rochas e Minerais Industriais, 9).
MELO, F. J. S. Uso de resíduos do caulim e da vermiculita como substrato para produção de mudas de mamoeiro. 2019. 48 f. Dissertação (Mestrado em Horticultura Tropical) – Universidade Federal de Campina Grande, Pombal, PB, 2019.
MINAMI, K. Produção de mudas de alta qualidade em horticultura. São Paulo: T. A. Queiroz, 1995. 136 p.
MÜLLER, S. F; MEINERZ, C. C.; CASTAGNARA, D. D. Efeito de urina de vaca na fertilização de mudas de chicória. Cadernos de Agroecologia, v. 5, n. 1, p. 1-4, 2011. Disponível em: http://revistas.aba-agroecologia.org.br/index.php/cad/article/view/10165. Acesso em: 3 ago. 2020.
PEREIRA, M. S. Manual técnico Conhecendo e produzindo sementes e mudas da caatinga. Fortaleza: Associação Caatinga, 2011.
PEREIRA, W. E. et al. Crescimento de mudas de mamoeiro em substratos contendo caulim. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, v. 3, n. 1, p. 27-35, 2008. Disponível em: https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/RVADS/article/view/91. Acesso em: 3 ago. 2020.
PESAGRO – EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Urina de vaca: alternativa eficiente e barata. 2. ed. Niterói: PESAGRO, 2002. 8 p. (Série Documentos, n. 96).
POORTER, H.; NAGEL, O. The role of biomass allocation in the growth response of plants to different levels of light, CO2, nutrients and water: a quantitative review. Australian Journal of Plant Physiology, v. 27, n. 12, p. 595-607, 2000. DOI: https://doi.org/10.1071/PP99173_CO.
RODRIGUES, R. D.; FREIRE, A. L. O.; NASCIMENTO NETO, J. H. Uso de rejeitos de mineração e materiais orgânicos na composição de substrato para produção de mudas de sabiá. Engenharia Ambiental, v. 11, n. 1, p. 16-27, 2014. Disponível em: http://ferramentas.unipinhal.edu.br/engenhariaambiental/viewarticle.php?id=914&layout=abstract. Acesso em: 3 ago. 2020.
SANTOS, E. A. V. et al. Biometria da palma forrageira orelha de elefante (Opuntia stricta) cultivada com rejeito de mica e outros compostos orgânicos. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DAS CIÊNCIAS AGRÁRIAS – COINTER PDVagro, 2., 2017, Natal-RN. Anais [...]. Natal: Instituto IDV, 2018. Disponível em: https://cointer-pdvagro.com.br/wp-content/uploads/2018/02/BIOMETRIA-DA-PALMA-FORRAGEIRA-ORELHA-DE-ELEFANTE-Opuntia-stricta-CULTIVADA-COM-REJEITO-DE-MICA-E-OUTROS-COMPOSTOS-ORGÂNICOS.pdf. Acesso em: 5 jul. 2019.
SANTOS, O. C. Desenvolvimento de compósito cerâmico de mica muscovita através da técnica de barbotina em modelo de gesso. 2012. 113 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.
TEIXEIRA, P. C. et al. (ed.). Manual de métodos de análise de solo. 3. ed. Brasília, DF: Embrapa, 2017. 574 p.
TRINDADE, A. V.; FARIA, N. G.; ALMEIDA, F. P. Uso de esterco no desenvolvimento de mudas de mamoeiro colonizadas com fungos micorrízicos. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 35, n. 7, p. 1389-1394, 2000.
ZANELATO, D. A alocação de biomassa entre parte aérea e raízes de Euterpe edulis (Arecaceae) depende da disponibilidade de nutrientes? Prática da Pesquisa em Ecologia da Mata Atlântica. São Paulo: USP, 2010. Disponível em: http://ecologia.ib.usp.br/curso/2010/pages/pdf/PI/relatorios/Daniela.pdf. Acesso em: 10 jul. 2019.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Esta revista, seguindo as recomendações do movimento de Acesso Aberto, proporciona seu conteúdo em Full Open Access. Assim os autores conservam todos seus direitos permitindo que a Revista Principia possa publicar seus artigos e disponibilizar pra toda a comunidade.
A Revista Principia adota a licença Creative Commons 4.0 do tipo atribuição (CC-BY). Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, inclusive para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
Os autores estão autorizados a enviar a versão do artigo publicado nesta revista em repositório institucionais, com reconhecimento de autoria e publicação inicial na Revista Principia.
Demais informações sobre a Política de Direitos Autorais da Revista Principia encontram-se neste link.