Comportamento vegetativo do tomateiro-cereja (Lycopersicon pimpinellifolium) irrigado com águas salinas
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-03062015v1n44p132-142Palavras-chave:
Solanaceae, Comportamento vegetativo, Condutividade elétricaResumo
A água salina na irrigação é uma alternativa para agricultura na região semiárida do Nordeste brasileiro. Ante a carência de pesquisas sobre essa temática, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da salinidade hídrica no comportamento vegetativo do tomateiro-cereja. O experimento foi instalado em viveiro telado, com 50% de sombreamento, em delineamento inteiramente casualizado, ao uso de seis níveis de água (0,5; 2,0; 3,5; 5,0; 6,5 e 8,0 dS m-1) e oito repetições. Foram analisadas as taxas de crescimento absoluto e relativo em altura, em diâmetro caulinar, em fitomassa fresca epígea e em fitomassa seca foliar; os dias para floração inicial, caulinar, radicular e total; e as alocações de biomassa foliar, caulinar e radicular. A salinidade reduziu as taxas de crescimento absoluto e relativo em altura; a taxa de crescimento absoluto da fitomassa fresca epígea e da fitomassa seca foliar, caulinar, radicular e total; a alocação da biomassa caulinar; e os dias de floração da cultura. As taxas de crescimento absoluto e relativo do diâmetro caulinar, a taxa de crescimento relativo da fitomassa fresca epígea e a alocação da biomassa radicular não foram influenciadas pelo aumento da condutividade elétrica da água. A alocação da biomassa foliar foi o indicador que melhor representou o efeito do estresse salino e obteve crescimento linear.
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