Avaliação da qualidade de mudas de mulungu (Erythrina velutina Willd.) submetidas a diferentes métodos de quebra de dormência
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-03062015v1n45p11-19Palavras-chave:
Sementes, Superação da dormência, Escarificação, LeguminosaResumo
Diversas espécies florestais típicas de regiões semiáridas são utilizadas para arborização, e o mulungu, entre elas, apresenta grande importância ecológica. Dessa forma, este estudo teve como finalidade avaliar o desenvolvimento de mudas de mulungu (Erythrina velutina Willd) oriundas de sementes submetidas a diferentes tratamentos de quebra de dormência. As sementes foram submetidas a onze tratamentos: escarificação mecânica com lixa d’água n° 80 (T1); escarificação mecânica com lixa d’água n° 60 (T2); furo com ferro de solda (T3); escarificação mecânica com lixa d’água n° 60 + imersão em água em temperatura ambiente por 24 horas (T4); escarificação mecânica com lixa d’água n° 80 + imersão em água em temperatura ambiente por 24 horas (T5); imersão em água a 60 °C por 5 minutos (T6); imersão em água a 80 °C por 5 minutos (T7); imersão em água a 90 °C por 5 minutos (T8); imersão em água em temperatura ambiente por 24 horas (T9); imersão em água em temperatura ambiente por 48 horas (T10); e furo com ferro de solda + imersão em água em temperatura ambiente por 24 horas (T11). Os tratamentos aplicados se mostraram eficientes no desenvolvimento inicial das mudas (altura, diâmetro caulinar e número de folhas); os tratamentos com imersão em água apresentaram melhores resultados para a análise da fitomassa fresca total; resultados divergentes da literatura foram encontrados para os tratamentos de escarificação associada à água, que apresentaram o menor desenvolvimento das mudas. Assim, fica evidente que a dormência da E. velutina pode ser superada com diferentes métodos, objetivando promover germinação mais rápida, sendo a escarificação mecânica mais eficiente no desenvolvimento inicial da muda.
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