Crescimento do milheto (Pennisetum glaucum) irrigado com água residuária no Seridó Paraibano

Prisana Louise Cortêz Dantas

Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus Picuí Brasil

Joab Josemar Vitor Ribeiro do Nascimento

Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus Picuí Brasil

Djair Alves de Melo

ORCID iD Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus Picuí Brasil

Josefa Juciara Sousa de Freitas

Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus Picuí Brasil

Mislene Rosa Dantas

Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus Picuí Brasil

George Camêlo Guimarães

Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus Picuí Brasil

Resumo

A utilização de água residuária pode ser uma alternativa de irrigação para o milheto, principalmente em áreas com pouca disponibilidade de água, como a região do Seridó Paraibano. O presente trabalho objetivou avaliar o crescimento e a produção do milheto, irrigado com água residuária, sob consórcio com feijão lab-lab. O experimento foi conduzido no Sítio Caboré, no município de Frei Martinho (PB). O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com parcelas subdivididas no espaço, sendo cinco lâminas (40, 60, 80, 100 e 120% da água disponível) em consórcio com feijão lab-lab na subparcela. A água residuária tratada foi proveniente da Estação de Tratamento de Esgotos do município. As variáveis mensuradas foram: altura da planta; área foliar; número de folhas; diâmetro caulinar; e SPAD (medidor de clorofila). Houve diferença significativa em relação ao crescimento da planta, área foliar e número de folhas. Quanto ao diâmetro caulinar e SPAD, não houve efeito significativo – foi observada uma média de 11.197 mm/planta e 60.952 un. As plantas de milheto apresentaram elevado número de folhas e alta área foliar quando aplicada a lâmina de irrigação de 300 mm de água residuária. O consórcio entre milheto e feijão lab-lab não interferiu no crescimento do milheto.

Palavras-chave


Forragem; Esgoto doméstico; Consórcio; Lab-lab. Lâmina


Texto completo:

Referências


AGUIAR, A. A. S.; MATIAS, S. S. R.; COSTA, M. M.; SOUZA, R. R.; COSTA, D. B.; NÓBREGA, J. C. A. Avaliação do desenvolvimento do milheto em solos da região de corrente Piauí sob adubação orgânica. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 33., 2010, Uberlândia, MG. Anais [...]. Viçosa, MG: SBCS, 2010.

AMARAL JÚNIOR, A. R.; VILELA, H. H. Características agronômicas de variedade de milheto. In: CONGRESSO MINEIRO DE INOVAÇÕES AGROPECUÁRIAS, 9., 2016, Patos de Minas, MG. Anais do COMEIA, Patos de Minas: UNIPAM, 2016.

BARRETO, A. C.; FERNANDES, M. F. Recomendações técnicas para o uso da adubação verde em solos de tabuleiros costeiros. Circular Técnica, Aracaju, SE, v. 19, dez. 2001.

BONFIM-SILVA, E. M.; SILVA, T. J. A.; KROTH, B. E.; CABRAL, C. E. A.; GUIMARÃES, S. L. Crescimento e produção de milheto em disponibilidades hídricas do solo. Enciclopédia Biosfera, Goiânia, v. 7, n. 12, p. 1-8, 2011.

CPRM – SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL. Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterrânea: Diagnóstico do município de Frei Martinho, estado da Paraíba. Recife: CPRM/PRODEEM, 2005.

DANTAS, C. C. O.; NEGRÃO, F. M. Características agronômicas do Milheto (Pennisetum glaucum). PUBVET, Londrina, v. 4, n. 37, p. 956-961, 2010.

FERREIRA, D. F. SISVAR: a computer statistical analysis system. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 35, n. 6, p. 1039-1042, nov./dez. 2011.

GERALDO, J.; ROSSIELLO, R. O. P.; ARAÚJO, A. P.; PIMENTEL, C. Diferenças em crescimento e produção de grãos entre quatro cultivares de milheto Pérola. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 35, n. 7, p. 1367-1376, 2000.

KICHEL, A. N.; MIRANDA, C. H. B. Uso do milheto como planta forrageira. Gado de Corte Divulga, Campo Grande, MS, n. 46, dez. 2000.

LIMA, L. M.; ROSSI, F.; TOL, J. C. H. B.; GOMES, T. M. Cultivo de milheto em solo irrigado com águas residuárias tratadas de laticínio. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA USP, 22., 2014, São Paulo. 22. SIICUSP: resumos Agropecuária. São Paulo: USP, 2014.

LOCALIZAÇÃO de Frei Martinho, Paraíba. In: WIKIPÉDIA, A Enciclopédia Livre. [San Francisco, CA: Wikimedia Foundation, 2006]. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fre i_Martinho#/media/File:Paraiba_Municip_FreiMartinho.svg. Acesso em: 21 fev. 2018.

MARTINS NETTO, D. A.; DURÃES, F. O. M. (ed.). Milheto: Tecnologias de Produção e Agronegócio. Brasília: EMBRAPA, 2005.

MEDEIROS, E. R. Caracterização dos processos degradacionais no Município de São João do Cariri-PB. 2006. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Geografia) – Centro de Ciências Exatas e da Natureza, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2006.

MEDEIROS, G. M. G. Condições de reuso dos efluentes finais das ETE’s do Estado da Paraíba. 2007. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil e Ambiental) – Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, PB, 2007.

MOREIRA, E. D. S. Produção e nutrição mineral de milheto e de milho adubados com biofertilizante suíno em diferentes épocas no norte de Minas Gerais. 2012. Dissertação (Mestrado em Ciências Agrárias) – Instituto de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Minas Gerais, Montes Claros, MG, 2012.

PEREIRA FILHO, I. A.; FERREIRA, A. S.; COELHO, A. M.; CASELA, C. R.; KARAM, D.; RODRIGUES, J. A. S.; CRUZ, J. C.; WAQUIL, J. M. Manejo da Cultura do Milheto. Circular Técnica, Sete Lagoas, v. 29, p. 65, dez. 2003.

PIRES, F. R.; ASSIS, R. L.; SILVA, G. P.; BRAZ, A. J. B. P.; SANTOS, S. C.; VIEIRA NETO, S. A.; SOUSA, J. P. G. Desempenho agronômico de variedades de milheto em razão da fenologia em pré-safra. Bioscience Journal, Uberlândia, v. 23, n. 3, p. 41-49, July./Sept. 2007.

SIMILI, F. F.; REIS, R. A.; MOREIRA, A. L. Avaliação da produção de forragem de sorgo sudão e milheto semeados em diferentes épocas. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 39., 2002, Recife, PE. Anais... Recife: SBZ, 2002. 1 CD-ROM.

TAMELE, O. H. Manejo de híbridos de sorgo e cultivares de milheto em sistema de pastejo rotativo. 2009. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2009.

TEIXEIRA, C. M.; CARVALHO, G. J.; FURTINI NETO, A. E.; ANDRADE, M. J. B.; MARQUES, E. L. S. Produção de biomassa e teor de macronutrientes do milheto, feijão-de-porco e guandu-anão em cultivo solteiro e consorciado. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, MG, v. 29, n. 1, p. 93-99, jan./fev. 2005.

VIEIRA, C. P. Sistemas de manejo do solo, culturas de cobertura e rotação de culturas: resposta para soja e milho. 2009. Tese (Doutorado em Agronomia) – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Universidade Estadual Paulista, Ilha Solteira, SP, 2009.

WUTKE, E. B.; AMBROSANO, E. J.; RAZERA, L. F.; MEDINA, P. F.; CARVALHO, L. H.; KIKUTI, H. Bancos comunitários de sementes de adubos verdes: informações técnicas. Brasília: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2007.


DOI: http://dx.doi.org/10.18265/1517-03062015v1n44p185-191

O arquivo PDF selecionado deve ser carregado no navegador caso tenha instalado um plugin de leitura de arquivos PDF (por exemplo, uma versão atual do Adobe Acrobat Reader).

Como alternativa, pode-se baixar o arquivo PDF para o computador, de onde poderá abrí-lo com o leitor PDF de sua preferência. Para baixar o PDF, clique no link abaixo.

Caso deseje mais informações sobre como imprimir, salvar e trabalhar com PDFs, a Highwire Press oferece uma página de Perguntas Frequentes sobre PDFs bastante útil.

Visitas a este artigo: 1811

Total de downloads do artigo: 1404