Ocorrência de enteroparasitoses em crianças cadastradas em uma obra social
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-0306a2020v1n52p48-57Palavras-chave:
Parasitoses intestinais, Infecções por protozoários, HelmintíasesResumo
As parasitoses intestinais constituem um grave problema de saúde pública, especialmente nos países subdesenvolvidos, sendo esse problema associado e agravado por condições sanitárias precárias. Este trabalho objetivou avaliar as características parasitológicas de crianças e familiares cadastrados em uma obra social. Foi realizado um estudo transversal, no período de setembro de 2017 a dezembro de 2018. As fezes foram coletas em frascos esterilizados, e os exames feitos utilizando-se os métodos de sedimentação espontânea e Baermann-Moraes. As espécies detectadas foram Giardia lamblia, Endolimax nana, Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiuria e Schistosoma mansoni. O parasito de maior ocorrência foi Endolimax nana (25,64%); já entre os helmintos, com 15,44%, foi Ascaris lumbricoides. Em relação aos dados epidemiológicos, a origem da água de abastecimento correspondeu a 97,91% dos domicílios conectados (consumidores) à rede pública de abastecimento, ou seja, origem de fonte tratada. Quanto à agua de beber, 44,44% das famílias utilizavam água de torneira (da rede pública), e outra parte delas (33,33%) consumia água mineral no domicílio; apenas 5,56% dos domicílios bebiam água de poço artesiano. Em consequência, destaca-se a importância de programas de educação em saúde para prevenção de infecções parasitárias.
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