Avaliação da qualidade da água subterrânea em poços urbanos considerando os efeitos da sua evolução temporal em parte da cidade de Maceió-AL
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-0306a2020v1n53p54-67Palavras-chave:
Qualidade da água, Águas subterrâneas, Parâmetros físico-químicosResumo
O consumo de água subterrânea cresce de forma intensa no Brasil. Porém, o crescimento urbano desordenado, típico das cidades brasileiras, vem produzindo impactos significativos nos mananciais que abastecem essas localidades. Portanto, analisar a qualidade da água utilizada para consumo humano proveniente de poços artesianos públicos, localizados em áreas urbanas densamente povoadas de Maceió-AL, é de grande importância. Para tanto, realizaram-se análises químicas em amostras de água coletadas entre março e julho de 2018. Foram analisados pH, nitrato e amônia, além de realizada uma análise temporal da qualidade desse recurso, por meio de dados de amostragens de anos anteriores. A pesquisa constatou águas em condições de alta acidez em todas as localidades pesquisadas. Em 33% das amostras, as concentrações de nitrato e amônia ficaram acima dos padrões de potabilidade estabelecidos pela legislação vigente. A análise temporal comprovou uma deterioração da qualidade da água nos locais estudados. Os resultados permitiram concluir que a qualidade da água vem diminuindo e que esse processo de degradação já vem se delineando há muito tempo.Downloads
Métricas
Referências
ANA – AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil 2017: relatório pleno. Brasília, DF: ANA, 2017.
ANA – AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Disponibilidade e demandas de recursos hídricos no Brasil. Brasília, DF: ANA, 2007. (Caderno de Recursos Hídricos, 2).
BRASIL. Ministério da Saúde. Anexo XX: do controle e da vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria de Consolidação nº 5, de 28 de setembro de 2017. Consolidação das normas sobre as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0005_03_10_2017.html. Acesso em: 9 dez. 2020.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Plano Nacional de Recursos Hídricos: Prioridades 2012-2015. 2011. Disponível em: http://www.ceivap.org.br/ligislacao/Resolucoes-CNRH/Plano_Nacional-de-Recursos-Hidricos.pdf. Acesso em: 4 ago. 2018.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano. Águas subterrâneas – um recurso a ser conhecido e protegido. Brasília, DF: MMA, 2007.
BUDI, S.; SULIASIH, B. A.; OTHMAN, M. S.; HENG, L. Y.; SURIF, S. Toxicity identification evaluation of landfill leachate using fish, prawn and seed plant. Waste Management, v. 55, p. 231-237, 2016. DOI: https://doi.org/10.1016/j.wasman.2015.09.022.
CPRM – SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL. Mapa hidrogeológico do Brasil: escala 1:5.000.000. Programa Geologia do Brasil. Projeto Mapa Hidrogeológico do Brasil ao Milionésimo. Recife: CPRM, 2014.
CRUZ, C. D. Genes: a software package for analysis in experimental statistics and quantitative genetics. Acta Scientiarum. Agronomy, v. 35, n. 3, p. 271-276, 2013. DOI: https://doi.org/10.4025/actasciagron.v35i3.21251.
CRUZ, C. D. Genes Software - extended and integrated with the R, Matlab and Selegen. Acta Scientiarum. Agronomy, Maringá, v. 38, n. 4, p. 547-552, 2016. DOI: https://doi.org/10.4025/actasciagron.v38i3.32629.
ENGELMANN, P. M.; SANTOS, V. H. J. M.; MOSER, L. I.; BRUZZA, E. C.; BARBIERI, C. B.; BARELA, P. S.; DE MORAES, D. P.; AUGUSTIN, A. H.; GOUDINHO, F. S.; MELO, C. L.; KETZER, J. M. M.; RODRIGUES, L. F. Environmental monitoring of water resources around a municipal landfill of the Rio Grande do Sul state, Brazil. Environmental Science and Pollution Research, v. 24, p. 21398-21411, 2017. DOI: https://doi.org/10.1007/s11356-017-9725-7.
FUNASA – FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. Manual de controle da qualidade da água para técnicos que trabalham em ETAS. Brasília, DF: Funasa, 2014.
GBADEBO, A. M.; ADEYEMI, M. O.; OLADIPUPO, A. B. Groundwater quality assessment of wells in Ifewara, Osun state. Global Journal of Geological Sciences, v. 16, n. 1, p. 13, 2018. DOI: https://doi.org/10.4314/gjgs.v16i1.2.
GODWIN, A.; OGHENEKOHWIRORO, E. Leachate characterization and leachate pollution index from landfill dump sites in Warri Metropolis, Nigeria. International Letters of Natural Science, v. 57, p. 41-48, 2016. DOI: https://doi.org/10.18052/www.scipress.com/ILNS.57.41.
HELLER, L.; PÁDUA, V. L. (org.). Abastecimento de água para consumo humano. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006.
HIRATA, R.; ZOBY, J. L. G.; OLIVEIRA, F. R. Águas Subterrâneas: reserva estratégica ou emergencial. In: BICUDO, C. E. M.; TUNDISI, J. G.; SCHEUENSTUHL, M. C. B. (org.). Águas do Brasil: análises estratégicas. São Paulo: Instituto de Botânica, 2010. v. 1, p. 147-161.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Áreas urbanizadas do Brasil: 2015. Rio de Janeiro: IBGE, 2017. 28 p. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv100639.pdf. Acesso em: 21 nov. 2018.
KRISHNA KUMAR, S.; LOGESHKUMARAN, A.; MAGESH, N. S.; GODSON, P. S.; CHANDRASEKAR, N. Hydro-geochemistry and application of water quality index (WQI) for groundwater quality assessment, Anna Nagar, part of Chennai City, Tamil Nadu, India. Applied Water Science, v. 5, n. 4, p. 335-343, 2014. DOI: https://doi.org/10.1007/s13201-014-0196-4.
LAPWORTH, D. J.; KRISHAN G.; MACDONALD, A. M.; RAO, M. S. Groundwater quality in the alluvial aquifer system of northwest India: New evidence of the extent of anthropogenic and geogenic contamination. Science of the Total Environment, v. 599-600, p. 1433-1444, 2017. DOI: https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2017.04.223.
LIMA, J. C. M. S. Análise do rebaixamento do lençol freático na parte alta da cidade de Maceió. 2017. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil) – Centro Universitário Cesmac, Maceió, 2017.
MAIA, D. J.; SEGRE, N.; SCATIGNO, A. C.; STELLA, M. B. Experimento sobre a influência do pH na corrosão do ferro. Química Nova na Escola: Experimentação no Ensino de Química, São Paulo, v. 37, n. 1, p. 71-75, fev. 2015.
MATTOS, J. B.; CRUZ, M. J. M.; DE PAULA, F. C. F.; SALES, E. F. Natural and anthropic processes controlling groundwater hydrogeochemistry in a tourist destination in northeastern Brazil. Environmental Monitoring and Assessment, v. 190, n. 7, 2018. DOI: https://doi.org/10.1007/s10661-018-6765-5.
MENDES, V. A. (org.). Geologia e recursos minerais do Estado de Alagoas: escala 1:250.000. Recife: CPRM, 2017.
MENEZES, J. M.; SILVA JR., G. C.; PRADO, R. B. Índice de Qualidade de Água (IQACCME) aplicado à avaliação de aquíferos do estado do Rio de Janeiro. Águas Subterrâneas, v. 27, n. 2, p. 79-92, 2013. DOI: https://doi.org/10.14295/ras.v27i2.27364.
MONTEIRO, A. B.; CABRAL, J. J. S.; BARBOSA, D. L.; FREIRE, P. K. C. Vulnerabilidade e distribuição espacial dos nitratos no Aquífero Barreiras nos bairros de Ibura e Jordão – Recife – Pernambuco. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOS HÍDRICOS, 15., 2003, Curitiba. Anais [...]. Porto Alegre: Associação Brasileira de Recursos Hídricos, 2003.
NAVEEN, B. P.; MAHAPATRA, D. M.; SITHARAM, T. G.; SIVAPULLAIAH, P. V.; RAMACHANDRA, T. V. Physico-chemical and biological characterization of urban municipal landfill leachate. Environmental Pollution, v. 220, part A, p. 1-12, 2016. DOI: https://doi.org/10.1016/j.envpol.2016.09.002.
ONU – ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos 2018: Soluções baseadas na natureza para a gestão da água. Colombella, Perúgia, Itália: ONU, 2018. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000261594_por. Acesso em: 6 jun. 2018.
PAIM, R. A.; REGINATO, P. A. R.; MICHALSKI, E. Z.; LANZER, R. M.; DUTRA, T. O. Análise hidroquímica e da aplicação de diferentes métodos de avaliação da qualidade da água subterrânea em aquíferos costeiros em Osório - RS. Águas Subterrâneas, v. 32, n. 3, p. 337-345, 2018. DOI: https://doi.org/10.14295/ras.v32i3.29155.
SÁ FILHO, J. A. R. Avaliação qualitativa das águas no sistema de macrodrenagem da bacia do Tabuleiro dos Martins – Maceió/AL. 2010. Dissertação (Mestrado em Recursos Hídricos e Saneamento) – Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2010.
SILVA, G. S.; ALMEIDA, A. F. L.; RODRIGUES, G. A. S.; VITAL, M. V. S. Análise química da qualidade da água da praia de Jatiúca, localizada no município de Maceió-Alagoas. Caderno de Graduação - Ciências Exatas e Tecnológicas - UNIT - ALAGOAS, v. 3, n. 3, p. 55-64, 2016.
TOLEDO, P. H. O. Modelagem da pluma de contaminação do nitrato em aquífero urbano considerando os efeitos da sazonalidade do clima em parte da Região Metropolitana de Maceió-AL. 2016. Dissertação (Mestrado em Recursos Hídricos e Saneamento) – Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2016.
TUCCI, C. E. M. Água no meio urbano: capítulo 14 do livro Água Doce. 1997. Disponível em: http://www.mpf.mp.br/atuacao-tematica/ccr4/importacao/institucional/grupos-de-trabalho/encerrados/residuos/documentos-diversos/outros_documentos_tecnicos/curso-gestao-do-terrimorio-e-manejo-integrado-das-aguas-urbanas/aguanomeio%20urbano.pdf. Acesso em: 31 mar. 2018.
VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. 3. ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.
ZHAO, R.; GUPTA, A.; NOVAK, J. T.; GOLDSMITH, C. D.; DRISKILL, N. Characterization and treatment of organic constituents in landfill leachates that influence the UV disinfection in the publicly owned treatment works (POTWs). Journal of Hazardous Materials, v. 258-259, p. 1-9, 2013. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jhazmat.2013.04.026.
ZOBY J. L. G. Panorama da qualidade das águas subterrâneas no Brasil. Revista Águas Subterrâneas, Natal, v. 22, supl.: Anais do XV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, 2008. Disponível em: https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/23802. Acesso em: 8 dez. 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Esta revista, seguindo as recomendações do movimento de Acesso Aberto, proporciona seu conteúdo em Full Open Access. Assim os autores conservam todos seus direitos permitindo que a Revista Principia possa publicar seus artigos e disponibilizar pra toda a comunidade.
A Revista Principia adota a licença Creative Commons 4.0 do tipo atribuição (CC-BY). Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, inclusive para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
Os autores estão autorizados a enviar a versão do artigo publicado nesta revista em repositório institucionais, com reconhecimento de autoria e publicação inicial na Revista Principia.
Demais informações sobre a Política de Direitos Autorais da Revista Principia encontram-se neste link.