Análise exploratória da qualidade da água tratada, armazenada em caixas-d’água do bairro do Roger, em João Pessoa-PB

Autores

  • Antonio Cícero de Sousa Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) http://orcid.org/0000-0002-6706-5824
  • Arturo Dias da Cruz Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB)
  • Glayson José Oliveira da Silva Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB)
  • Alessandra Maciel Correia Félix Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB)
  • Rayanna Kelly Ferreira Nunes Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB)
  • Gilcean Silva Alves Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) http://orcid.org/0000-0002-9341-6325

DOI:

https://doi.org/10.18265/1517-03062015v1n29p110-118

Palavras-chave:

Qualidade da água, Caixas-d’água, Água tratada, Análise exploratória

Resumo

Para uma gestão adequada da água, é imprescindível o uso de ferramentas estatísticas multivariadas, por permitirem uma visão mais global dos fenômenos ambientais envolvidos, os quais, na maioria das vezes, não são percebidos por meio de ferramentas convencionais. O presente trabalho pretende avaliar a qualidade da água tradada armazenada em caixas-d’água do bairro do Baixo Roger, em João Pessoa-PB, usando a técnica “análise de componente principal” (PCA). Foram coletadas 48 amostras de água de seis pontos em quatro campanhas semanais consecutivas, nos meses de dezembro de 2014 e julho de 2015. Os resultados microbiológicos revelam contaminação por bactéria Escherichia coli (EC) em 83,3% das amostras analisadas, bem como contaminação por coliformes totais em 95,8% das amostras. Os modelos de PCA mostram que os sistemas de caixas-d’água que não possuem ligação hidráulica e as constituídas de alvenaria apresentam maior contaminação por EC e coliformes totais. Tais modelos foram capazes de demonstrar diferenças entre as amostras coletadas na primeira quinzena e as coletadas na segunda quinzena de cada mês; esse resultado sugere que a pesquisa implicou um despertar da comunidade para a higienização das caixas-d’água. O estudo sinaliza um trabalho de educação e conscientização da comunidade sobre a importância do cuidado desse bem natural, evitando problemas futuros de saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AESA – Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba. Balanço pluviométrico de João Pessoa-PB, 2015. Disponível em: http://site2.aesa.pb.gov.br/aesa/monitoramentoPluviometria.do?metodo=listarMesesChuvasMensais. Acesso em: 10 out. 2015.

ANA – Agência Nacional de Águas. Indicadores de Qualidade – Introdução. 2009. Disponível em: http://portalpnqa.ana.gov.br/indicadoresintroducao.aspx. Acesso em: 9 jan. 2014.

APHA – American Public Health Association; AWWA – American Water Works Association; WEF – Water Environment Federation. Standard methods for the examination of water and wastewater. 20. ed. Washington, DC: APHA, 1998.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 2.914, de 12 de dezembro de 2011. Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 14 dez. 2011. Seção 1, p. 39-42. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2914_12_12_2011.html. Acesso em: 12 abr. 2016.

FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nations. Towards a water and food secure future: critical perspectives for policy-makers. Rome: FAO, 2015.

FUNASA – Fundação Nacional de Saúde. Manual prático de análise de água. 3. ed. Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2009. 144 p.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Informações sobre bairros segundo os municípios. 2011. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/0000000490.xls. Acesso em: 30 maio 2016.

SÃO PAULO (estado). Secretaria de Estado da Saúde. Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”. Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmitidas por Água e Alimentos: Investigação de Surtos – Normas e Instruções. São Paulo: CVE, 2008.

SILVA, R. C. A.; ARAÚJO, T. M. Qualidade da água do manancial subterrâneo em áreas urbanas de Feira de Santana (BA). Ciência & Saúde Coletiva, v. 8, n. 4, p. 1019-1028, 2003.

SOUSA, A. C. Avaliação do funcionamento de uma estação de tratamento de esgoto doméstico e desenvolvimento de um novo método para determinação de DQO usando espectrometria NIR e quimiometria. 2007. 103 f. Tese (Doutorado em Química) – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2007.

TELLES, D. D. A água e o ambiente. In: ______. Ciclo ambiental da água: da chuva à gestão. São Paulo: Blucher, 2013.

VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. 3. ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.

Downloads

Publicado

2023-03-13

Edição

Seção

Engenharias I - Engenharia Sanitária, Hidráulica e Ambiental

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)