Avaliação do processo de corrosão em armaduras comuns e galvanizadas
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-0306a2020v1n51p148-157Palavras-chave:
Armadura galvanizada, Carbonatação, Cloretos, CorrosãoResumo
A corrosão é uma das principais causas de deterioração das estruturas de concreto armado. Devido a isso, várias tecnologias vêm sendo desenvolvidas para reduzir a incidência da corrosão nas armaduras. A galvanização à quente das barras tem sido apontada como uma alternativa viável para estruturas submetidas a meios de elevada agressividade. Apesar de apresentar vantagens significativas sobre as armaduras convencionais, como o incremento do período de iniciação da corrosão, ainda há uma carência de informações sobre o desempenho dessas barras frente à ação dos cloretos. Diante desse cenário, esta pesquisa avaliou o comportamento eletroquímico de barras galvanizadas e não galvanizadas, submetidas à diferentes alcalinidades. O seu desempenho foi verificado frente à carbonatação e à ação dos íons cloretos, em distintas concentrações. Os resultados demonstraram que diante da baixa alcalinidade, a armadura comum inicia o processo de corrosão, enquanto que a armadura galvanizada se manteve passiva. Porém, para meios muito alcalinos, o aço carbono demonstrou ser mais indicado. Além disso, diante da ação dos cloretos, apenas a armadura em aço despassivou quando se alcançou uma relação [Cl-]/[OH-] de 0,5 na solução. Outras concentrações de cloretos estão sendo estudadas até alcançar o limite crítico de cloretos.
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