Avaliação do processo de corrosão em armaduras comuns e galvanizadas

Taíssa Guedes Cândido

ORCID iD Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Brasil

Gibson Rocha Meira

ORCID iD Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) Brasil

Márcia Suzanna Dutra de Abreu

Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Brasil

Resumo

A corrosão é uma das principais causas de deterioração das estruturas de concreto armado. Devido a isso, várias tecnologias vêm sendo desenvolvidas para reduzir a incidência da corrosão nas armaduras. A galvanização à quente das barras tem sido apontada como uma alternativa viável para estruturas submetidas a meios de elevada agressividade. Apesar de apresentar vantagens significativas sobre as armaduras convencionais, como o incremento do período de iniciação da corrosão, ainda há uma carência de informações sobre o desempenho dessas barras frente à ação dos cloretos. Diante desse cenário, esta pesquisa avaliou o comportamento eletroquímico de barras galvanizadas e não galvanizadas, submetidas à diferentes alcalinidades. O seu desempenho foi verificado frente à carbonatação e à ação dos íons cloretos, em distintas concentrações. Os resultados demonstraram que diante da baixa alcalinidade, a armadura comum inicia o processo de corrosão, enquanto que a armadura galvanizada se manteve passiva. Porém, para meios muito alcalinos, o aço carbono demonstrou ser mais indicado. Além disso, diante da ação dos cloretos, apenas a armadura em aço despassivou quando se alcançou uma relação [Cl-]/[OH-] de 0,5 na solução. Outras concentrações de cloretos estão sendo estudadas até alcançar o limite crítico de cloretos.

Palavras-chave


Armadura galvanizada; Carbonatação; Cloretos; Corrosão


Texto completo:

Referências


ALONSO, C. et al. Chloride threshold values to depassivate reinforcing bars embedded in a standardized OPC mortar. Cement and Concrete Research, v. 30, n. 7, p. 1047-1055, 2000.

ALVES, H. G. et al. Aplicação da técnica de polarização linear para detectar corrosão em concreto armado atacado por SO_4^-4 e Cl-. Revista de Química Industrial, Ano 80, n. 736, p. 18-23, 2012.

ANDRADE, M. C.; MACIAS, A. Galvanized reinforcements in concrete. In: WILSON, A. D.; NICHOLS, J. W.; PROSSER, H. J. (Ed.). Surface coatings-2. Dordrecht (Netherlands): Springer, 1988. p. 137-182.

ANGST, U.; VENNESLAND, O. Critical chloride content in reinforced concrete: state of the art. In: ALEXANDER, M. G. (ed.) Concrete Repair, Rehabilitation and Retrofitting II. Taylor & Francis, 2008. p. 311- 317.

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. ASTM G96-90: 2013. Standard guide for online monitoring of corrosion in plant equipment (electrical and electrochemical methods). West Conshohocken (United States): ASTM International, 2013.

_____. ASTM G1-03: 2017. Standard practice for preparing, cleaning and evaluating corrosion test specimens. West Conshohocken (United States): ASTM International, 2017.

BAUTISTA, A.; GONZALEZ, J. A. Analysis of the protective efficiency of galvanizing against corrosion of reinforcements embedded in chloride contaminated concrete. Cement and Concrete Research, v. 26, n. 2, p. 215-224, 1996.

BERTOLINI, L. et al. Corrosion of steel in concrete: prevention, diagnosis, repair. Weinheim (Germany): Wiley-VCH, 2003.

CASCUDO, O. O Controle da corrosão de armaduras em concreto: inspeção e técnicas eletroquímicas. São Paulo (Brasil): Pini, 1997.

CARVALHO, M. R. Estudo da eficiência da realcalinização na repassivação de armaduras. 2018. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil e Ambiental)– Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa (Brasil), 2018.

DARWIN, D. et al. Critical chloride corrosion threshold of galvanized reinforcing bars. Material Journal, v. 106, n. 2, p. 176-183, 2009.

DEXTER, S. C. Galvanic Corrosion. MAS note from the University of Delaware Sea Grant Marine Advisory Service. 2004. 2 p.

FARINA, S. B.; DUFFÓ, G. S. Corrosion of zinc in simulated carbonated concrete pore solutions, Electrochimica Acta, v. 52, n. 16, p. 5131-5139, 2007.

FERREIRA, P. R. R. et al. Influência do grau de corrosão das armaduras na eficiência do método de realcalinização para tratamento de estruturas de concreto carbonatada. HOLOS, ano 33, v. 7, p. 69-80, 2017.

GONZALEZ, J. A.; ANDRADE, C. Effect of carbonation, chlorides and relative ambient humidity on the corrosion of galvanized rebars embedded in concrete. British Corrosion Journal, v. 17, n. 1, p. 21-28, 1982.

HARAN, B. S. et al. Studies on galvanized carbon steel in Ca(OH)2 solutions. Materials Journal, v. 97, n. 4, p. 425-431, 2000.

KAESCHE, H. The detection of corrosion danger to steel reinforcement due to admixtures in concrete. Zement-Kalk-Gips, v. 12, n. 7, p. 289-305, p. 1959.

MAAHN, E.; SORENSEN, B. The influence of microstructure on the corrosion properties of hot-dip galvanized reinforcement in concrete. Corrosion, v. 42, n. 4, p. 187-196, 1986.

MACÍAS A.; ANDRADE, C. The behaviour of galvanized steel in chloride-containing alcaline soluntions-I. The influence of the cation. Corrosion Science, v. 30, n. 4-5, p. 393-407, 1990.

MACÍAS A.; ANDRADE, C. Corrosion of galvanized steel reinforcements in alkaline solutions. Part 1: electrochemical results. British Corrosion Journal, v. 22, n. 2, p. 113-118, 1987a.

MACÍAS A.; ANDRADE, C. Corrosion of galvanized steel reinforcements in alkaline solutions. Part 2: SEM study and identification of corrosion products. British Corrosion Journal, v. 22, n. 2, p. 119–129, 1987b.

MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. A. Concreto: microestrutura, propriedades e materiais. 3. ed. São Paulo (Brasil): IBRACON, 2008.

MEIRA, G. R.; PADARATZ, I. J. Custos de recuperação e prevenção em estruturas de concreto armado: uma análise comparativa. In: ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO (ENTAC 2002), 9., 2002, Foz do Iguaçu (Brasil). Anais... Foz do Iguaçu: ANTAC, 2002. p. 1425- 1432.

MEIRA, G. R. Corrosão de armaduras em estruturas de concreto: fundamentos, diagnóstico e prevenção. João Pessoa (Brasil): Ed. IFPB, 2017.

POURBAIX, M. Atlas of electrochemical equilibria in aqueous solutions. Houston (United States)/Brussels (Belgium): National Association of Corrosion Engineers/CEBELCOR, 1974.

ROVENTI, G. et al. Corrosion resistance of galvanized steel reinforcements in carbonated concrete: effect of wet–dry cycles in tap water and in chloride solution on the passivating layer. Cement and Concrete Research, v. 65, p. 76-84, 2014.

TAVARES, L. M. Estudo do processo de corrosão por íons cloreto no concreto armado utilizando armaduras comuns e galvanizadas. 2006. 151 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia e Tecnologia de Materiais)– Pontíficia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre (Brasil), 2006.

TOMLINSON, W. J.; BROWN, S. A. Corrosion of anodically polarized Zn-Al alloys in saturated Ca(OH)2 containing Cl-. Surface and Coatings Technology, v. 27, n. 1, p. 95-100, 1986.

TUUTTI, K. Corrosion of steel in concrete. Stockholm (Sweden): Swedish Cement and Concrete Research Institute, 1982.

YEOMANS, S. R. Galvanized steel reinforcement in concrete. Canberra (Australia): Elsevier, 2004.


DOI: http://dx.doi.org/10.18265/1517-0306a2020v1n51p148-157

O arquivo PDF selecionado deve ser carregado no navegador caso tenha instalado um plugin de leitura de arquivos PDF (por exemplo, uma versão atual do Adobe Acrobat Reader).

Como alternativa, pode-se baixar o arquivo PDF para o computador, de onde poderá abrí-lo com o leitor PDF de sua preferência. Para baixar o PDF, clique no link abaixo.

Caso deseje mais informações sobre como imprimir, salvar e trabalhar com PDFs, a Highwire Press oferece uma página de Perguntas Frequentes sobre PDFs bastante útil.

Visitas a este artigo: 1327

Total de downloads do artigo: 879