Inovações tecnológicas e o desenvolvimento da síndrome de burnout: estudo realizado com professores de uma unidade acadêmica

Allisson Silva dos Santos

ORCID iD Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus João Pessoa Brasil

Giulliane Ohana Cassiano

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus João Pessoa Brasil

Maria Luiza da Costa Santos

ORCID iD Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus João Pessoa Brasil

Resumo

Este estudo parte das considerações de professores que transitam em um ambiente de constante modernização tecnológica e que realizam suas atividades sob um clima de pressão e cobranças, o que indica, portanto, um cenário profícuo para a predisposição à síndrome de burnout. Assim, essas considerações serviram de motivação para as questões de pesquisa: como os professores da Unidade Acadêmica de Gestão e Negócios do Campus João Pessoa do IFPB percebem os efeitos das inovações tecnológicas no desempenho de suas funções? O nível de comprometimento piscoemocional pode ser fator capaz de desencadear a síndrome de burnout? Desse modo, a pesquisa em questão teve como objetivo analisar os efeitos das inovações tecnológicas no cotidiano dos professores como fonte desencadeadora da síndrome de burnout. Ademais, a pesquisa, de natureza descritiva e exploratória, foi caracterizada como um estudo de caso que envolveu 38 professores que responderam a um formulário, fazendo uso da plataforma digital on-line Google Forms. Os resultados indicam correlações entre inovações tecnológicas, síndrome de burnout e gênero. Foi possível observar uma correlação positiva entre a variável “inovações tecnológicas” e a dimensão “desgaste psíquico”.

Palavras-chave


Síndrome de burnout; Inovações tecnológicas; Professores


Texto completo:

Referências


ABREU, K. L. et al. Estresse ocupacional e Síndrome de Burnout no exercício profissional da psicologia. Psicologia: ciência e profissão, v. 22, n. 2, 2002. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932002000200004 Acesso em: 13 ago. 2018.

BALLONE, G. J. Estresse e Trabalho. PsiqWeb: Psiquiatria Geral, 2008.

BRIDI, V. L. Organização do trabalho e psicopatologia: um estudo de caso envolvendo o trabalho em telefonia. 1997. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal da Santa Catarina, Florianópolis, 1997.

CARLOTTO, M. S. Síndrome de Burnout em professores: prevalência e fatores associados. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 27, n. 4, p. 403-410, 2011. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-37722011000400003.

CNS – CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 150, n. 112, p. 59-62, 13 jun. 2013.

CNS – CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Resolução nº 510, de 7 de abril de 2016. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 153, n. 98, p. 44-46, 24 maio 2016.

CORRÊA, S. M. B. B. Probabilidade e Estatística. 2. ed. Belo Horizonte: PUC Minas Virtual, 2003.

DIEHL, L.; CARLOTTO, M. S. Síndrome de Burnout: indicadores para a construção de um diagnóstico. Psicologia Clínica, v. 27, n. 2, p. 161-179, 2015. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-56652015000200009. Acesso em: 15 jul. 2018.

FARBER, B. A. Crisis in education: Stress and Burnout in the American Teacher. San Francisco: Jossey-Bass, 1991.

FERREIRA, A. A.; REIS, A. C. F.; PEREIRA, M. I. Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias – evolução e tendências da moderna administração de empresas. São Paulo: Cengage Learning, 2002.

FRIZON, V. et al. A formação de professores e as tecnologias digitais. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 12., 2015, Curitiba. Anais [...]. Curitiba: PUCPR, 2015.

GARCIA, L. P.; BENEVIDES-PEREIRA, A. M. T. Investigando o Burnout em professores universitários. Revista Eletrônica InterAção Psy, n. 1, p. 76-89, 2003. Disponível em: https://gepeb.files.wordpress.com/2011/12/investigando-o-burnout-em-professores-universitc3a1rios.pdf. Acesso em: 21 abr. 2018.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2017.

GIL-MONTE, P. R. El síndrome de quemarse por el trabajo (burnout): Factores antecedentes y consecuente. In: GIL-MONTE, P. R. et al. Jornada “El Síndrome de quemarse por el trabajo en Servicios Sociales”. Valencia: Diputácio de Valência, 2005. p. 11-25.

GIL-MONTE, P. R; CARLOTTO, M. S.; CÂMARA, S. G. Validação da versão brasileira do “Cuestionario para la Evaluación del Síndrome de Quemarse por el Trabajo” em professores. Revista de Saúde Pública, v. 44, n. 1, p. 140-147, 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-89102010000100015.

LINO, D.; DIAS, E. C. A globalização da economia e os impactos sobre a saúde e segurança dos trabalhadores. 1996. Disponível em: http://aacastro.tripod.com/a60207.htm. Acesso em: 18 mar. 2018.

LIPP, M. Sentimentos que causam estresse: como lidar com eles. 3. ed. São Paulo: Papirus, 2009.

LIPP, M.; LIPP, L. M. Stress Tecnológico. 2013. Disponível em: http://www.estresse.com.br/auto_avaliacao-online/stress-tecnologico/. Acesso em: 12 mar. 2018.

MERCADO, L. P. Leopoldo. Formação docente e novas tecnologias. 2014. Disponível em: http://www.c5.cl/ieinvestiga/actas/ribie98/210M.html. Acesso em: 22 mar. 2018.

PACHECO, W. et al. A era da tecnologia da informação e da comunicação e a saúde do trabalhador. Revista Brasileira de Medicina do Trabalho, v. 3, n. 2, p. 114-122, 2005. Disponível em: http://www.anamt.org.br/site/upload_arquivos/revista_brasileira_de_medicina_do_trabalho_-_volume_3_201220131511537055475.pdf. Acesso em: 13 mai. 2018.

REINHOLD, H. H. O sentido da vida: prevenção de stress e burnout do professor. 2004. Tese (Doutorado em Psicologia) – Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, 2004.

RICHARDSON, R. J. Pesquisa Social: métodos e técnicas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2017.

RIFKIN, J. O fim dos empregos: o declínio inevitável dos níveis dos empregos e a redução da força global de trabalho. São Paulo: Makron Books, 2004.

SILVA, A. C. B. Ser professor universitário em tempos de mudança: a profissão acadêmica e suas reconfigurações. 2011. 395 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade de Lisboa, Lisboa, 2011.

SILVEIRA, K. A. et al. Estresse e enfrentamento em professores: uma análise da literatura. Educação em Revista, v. 30, n. 4, p. 15-36, 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-46982014000400002.

WINEFIELD, A. H. et al. Occupational stress in Australian university staff: Results from a national survey. International Journal of Stress Management, v. 10, n. 1, p. 51-63, 2003. DOI: https://doi.org/10.1037/1072-5245.10.1.51.


DOI: http://dx.doi.org/10.18265/1517-0306a2020v1n52p34-47

O arquivo PDF selecionado deve ser carregado no navegador caso tenha instalado um plugin de leitura de arquivos PDF (por exemplo, uma versão atual do Adobe Acrobat Reader).

Como alternativa, pode-se baixar o arquivo PDF para o computador, de onde poderá abrí-lo com o leitor PDF de sua preferência. Para baixar o PDF, clique no link abaixo.

Caso deseje mais informações sobre como imprimir, salvar e trabalhar com PDFs, a Highwire Press oferece uma página de Perguntas Frequentes sobre PDFs bastante útil.

Visitas a este artigo: 1283

Total de downloads do artigo: 1219