Concepção de docentes acerca da inclusão dos alunos surdos em uma escola regular de ensino no município de Guarabira, Paraíba
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-0306a2021id5391Palavras-chave:
Concepção docente, Educação inclusiva, Inclusão escolar, Pessoas surdasResumo
A pesquisa teve por objetivo investigar quais as concepções dos docentes acerca da inclusão de alunos surdos em uma escola regular no munícipio de Guarabira/PB. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo exploratória, que contou com a participação de dois docentes com experiência no trabalho com alunos surdos do sistema regular de ensino: um professor de Libras que atua junto à equipe de Atendimento Especializado, ministrando curso de Libras, quando há oferta na matriz curricular e outro professor que atua em sala de aula comum. Os docentes responderam um questionário virtual composto por 10 questões sobre inclusão educacional de alunos surdos no ensino regular. Dentre os principais resultados, destaca-se que: apesar de a escola pesquisada ser um centro de referência no atendimento especializado, os alunos surdos que ali estão matriculados ainda enfrentam dificuldades na efetivação da inclusão social, obstáculo que se apresenta, exclusivamente, em decorrência da falta de domínio da Libras pelos profissionais que compõem a escola. Há uma centralização na figura do profissional intérprete, que acaba por se responsabilizar por toda a interação social dos alunos surdos com os professores. Ao final do estudo, conclui-se que há necessidade de uma maior compreensão da cultura surda, bem como da inserção do ensino bilíngue como conteúdo curricular obrigatório, tendo assim a possibilidade de efetivar, de forma mais precisa, aquilo que está disposto em Lei, implicando na inclusão escolar dos alunos surdos.
Downloads
Referências
AZEVEDO, L. F.; ALENCAR, R. M. G. A importância do ensino da Língua Brasileira de Sinais - (LIBRAS) para a educação infantil e formação dos professores das séries iniciais. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v. 7, n. 1, p. 5648-5671, Jan. 2021. DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv7n1-384.
BARBOSA, L. R. S. A Língua Brasileira de Sinais como inclusão social dos surdos no sistema educacional. Polyphonía, Goiânia, v. 22, n. 1, p. 173-187, 2011. DOI: https://doi.org/10.5216/rp.v22i1.21216.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. Brasília, DF: Presidência da República, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: ago. de 2020.
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n° 510, de 07 de abril de 2016. Brasília/DF: 2016. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf. Acesso em: dez. 2021.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto n° 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Brasília, DF: Presidência da República, 2005. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm. Acesso em: 09 de ago. de 2020.
BRASIL. Decreto n° 6.949, de 25 de agosto de 2009. Dispõe sobre direitos das pessoas com deficiência. Brasília, DF: Presidência da República 2009a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm Acesso em: jun. 2020.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n° 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 1996. Brasília, DF: Presidência da República, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm Acesso em: ago. de 2020.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Brasília: DF, 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm. Acesso em: dez. 2021.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n° 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF, 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: dez. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, DF: Secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em: jun. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009. Institui diretrizes operacionais para o atendimento educacional especializado na educação básica, modalidade educação especial. Brasília, DF, 2009b. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf. Acesso em: dez. 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação. PNEE:
Política nacional de educação especial: equitativa, inclusiva e com aprendizado ao longo da vida/ Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação. Brasília: MEC. SEMESP. 2020. 124 p. Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br/assuntos/noticias/mec-lanca-documento-sobre-implementacao-da-pnee-1/pnee-2020.pdf. Acesso em: dez. 2021.
CASTRO, H. V. Educação especial e inclusão de pessoas com deficiência na escola: um olhar histórico-social. 1986. 9 p. Disponível em: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/248/o/1.4.__27_.pdf. Acesso em: jun. 2020.
CAVALCANTE, E. B.; SOARES, L. V.; SANTOS, P. S. Inclusão de surdos no ensino regular: entre o discurso oficial e a realidade do cotidiano da escola. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE POLÍTICA E ADMINISTRAÇÃO DA EDUCAÇÃO, 26., 2013, Recife. Anais [...] Recife: ANPAE, 2013. p. 1-14. Disponível em: https://anpae.org.br/simposio26/1comunicacoes/ElenyBrandaoCavalcante-ComunicacaoOral-int.pdf. Acesso em: ago. de 2020.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
GIROTO, C. R. M; POKER, R. B.; OMOTE, S. (Org). Educação Especial, formação de professores e o uso das tecnologias de informação e comunicação: a construção de práticas pedagógicas inclusivas. In: As tecnologias nas práticas pedagógicas inclusivas. Marília: Oficina Universitária; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012. (E-book) p. 11-23. ISBN 978-85-7983-259-8. Disponível em: https://www.marilia.unesp.br/Home/Publicacoes/as-tecnologias-nas-praticas_e-book.pdf. Acesso em: ago. de 2020.
MACEDO, Y. M.; SANTANA, E. Políticas de inclusão do estudante surdo no contexto escolar. Ensino em Foco, Salvador, v. 3, n. 6, p. 60-79, set. 2020. Disponível em: https://publicacoes.ifba.edu.br/index.php/ensinoemfoco/article/view/665. Acesso em dez. 2021
MINAYO, M. C. S. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
MORI, N. N. R.; SANDER, R. E. História da educação dos surdos no Brasil. In: SEMINÁRIO DE PESQUISA DO PPE, 2015, Maringá. Anais [...]. Maringá: Universidade Estadual de Maringá, 2015. p. 1-16. Disponível em: http://www.ppe.uem.br/publicacoes/seminario_ppe_2015/trabalhos/co_04/94.pdf. Acesso em: jun. 2020.
OLIVEIRA, Q. M.; FIGUEIREDO, F. J. Q. educação dos surdos no Brasil: um percurso histórico e novas perspectivas. Revista Sinalizar, Goiânia, v. 2, n.2, p. 173-196, 2017. DOI: https://doi.org/10.5216/rs.v2i2.50544.
PINTO, G. H. S. Educação Infantil Inclusiva: O que a prática docente revela? 2015. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Pará, Belém, 2015. Disponível em: https://ccse.uepa.br/ppged/wp-content/uploads/dissertacoes/09/gicele_holanda_da_silva_pinto.pdf. Acesso em: dez. de 2021.
SANTIAGO, A. N. Pontuando as dificuldades da educação de surdos de uma escola da rede municipal de educação de Itaberaba na Bahia. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 7., 2020, Maceió. Anais [...]. Campina Grande: Realize Editora, 2020, p.1-6. Disponível em: https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/69320. Acesso em: dez. 2021.
STROBEL, K. L. Surdos: vestígios culturais não registrados na história. 2008. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/91978. Acesso em: jun. 2020.
SILVA, J. K. A.; SILVA, J. G.; CARDOSO, A. C. A prática docente do aluno surdo nos anos iniciais: uma análise da perspectiva inclusiva bilíngue. Recife, PE, 2018. p. 1-20. Disponível em: https://www.ufpe.br/documents/39399/2442885/SILVA_+SILVA_+CARDOSO+-+2018.2.pdf/d1bf4143-7ab7-436b-85ea-cd04d3ce4785. Acesso em: 12 ago. 2020.
SILVEIRA, D. T.; CÓRDOVA, F. P. A pesquisa Científica. In: GERHARDT, T. H.; SILVEIRA, D.T. Métodos de Pesquisa. Rio Grande do Sul, 2009. (E-book). Disponível em: http://www.ufrgs.br/cursopgdr/downloadsSerie/derad005.pdf. Acesso em: ago. 2019.
UNICEF. Fundo das Nações Unidas para a Infância. Declaração mundial sobre educação para todos. Conferência de Jomtien, 1990. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/declaracao-mundial-sobre-educacao-para-todos-conferencia-de-jomtien-1990. Acesso: jan. de 2021.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
• O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s), nem esteja publicado em anais de congressos e/ou portais institucionais;
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es). Opiniões e perspectivas expressas no texto, assim como a precisão e a procedência das citações, são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es), e contribuem para a promoção dos:
- Princípios FAIR (Findable, Accessible, Interoperable, and Reusable – localizável, acessível, interoperável e reutilizável);
- Princípios DEIA (diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade).
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigos às normas da publicação.
Responsabilidades dos autores e transferência de direitos autorais
Os autores devem declarar a originalidade do estudo, bem como o fato de que este não foi publicado anteriormente ou está sendo considerado para publicação em outro meio, como periódicos, anais de eventos ou livros. Ao autorizarem a publicação do artigo na Revista Principia, os autores devem também responsabilizar-se pelo conteúdo do manuscrito, cujos direitos autorais, em caso de aprovação, passarão a ser propriedade exclusiva da revista. A Declaração de Responsabilidades dos Autores e Transferência de Direitos Autorais deverá ser assinada por todos os autores e anexada ao sistema como documento suplementar durante o processo de submissão. Clique no link abaixo para fazer o download do modelo.
Esta revista, seguindo as recomendações do movimento de Acesso Aberto, proporciona seu conteúdo em Full Open Access. Assim os autores conservam todos seus direitos permitindo que a Revista Principia possa publicar seus artigos e disponibilizar pra toda a comunidade.
A Revista Principia adota a licença Creative Commons 4.0 do tipo atribuição (CC-BY). Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, inclusive para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
Os autores estão autorizados a enviar a versão do artigo publicado nesta revista em repositório institucionais, com reconhecimento de autoria e publicação inicial na Revista Principia.