Agroecologia, suas relações com a práxis ambiental e as contribuições para o desenvolvimento sustentável
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-03062015v1n18p27-38Palavras-chave:
conhecimento agroecológico, avanço epistemológico, diversidade de saberesResumo
O presente artigo busca contribuir com o debate sobre Agroecologia, enquanto prática social de conhecimento que se estabelece através do diálogo com a realidade e com ações capazes de dar sustentação às relações que alicerçam o contexto ser humano-sociedade-natureza. A premissa é de que a formulação de novas concepções de desenvolvimento precisa considerar a inclusão dos atores sociais e institucionais do local, além de considerar o conjunto de sentidos culturais, políticos, sociais, econômicos entre outros, que orientam a formação do espaço social marcado por sentimentos como o de pertencimento e de apropriação. O objetivo é contribuir para a construção epistêmica no campo da Agroecologia. Consiste numa revisão bibliográfica e discursiva propondo ao largo da sua exposição, um esboço dos princípios norteadores e as relações que se estabelecem nas bases de uma práxis da complementaridade. Resgata o saber ambiental como base da sua elaboração enquanto campo epistemológico e reflete sobre o papel da ciência e da tecnologia como instrumentos que caminham imbuídos pelos interesses de quem os elaboram. Os resultados obtidos com a realização do estudo apontam que adentrar no campo epistemológico da Agroecologia significa humanizar o conhecimento a partir da utilização dos saberes e especificidades locais e que é perceptível a necessidade de avanços metodológicos, sobretudo no sentido de reduzir as concepções interpretativas e fragmentadas dos espaços ecológico e social dos territórios rurais.
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