Avaliação ocupacional quantitativa das temperaturas extremas em um laboratório acadêmico: os reflexos da exposição para a saúde dos trabalhadores

Mayslane de Sousa Gomes

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) Brasil

Brígida Monteiro Gualberto Montenegro

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) Brasil

Daliane de Almeida Alves

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) Brasil

Renata Paiva da Nóbrega Costa

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) Brasil

Resumo

As doenças ocupacionais incapacitam diariamente milhares de trabalhadores em suas mais diversas atividades, gerando desde afastamentos temporários até a morte, e são desencadeadas quando há exposição a agentes ambientais físicos acima dos Limites de Tolerância como, por exemplo, as temperaturas extremas (frio e calor) presentes em laboratórios alimentícios. Nesse contexto, este estudo objetivou analisar a exposição ocupacional às temperaturas extremas em um laboratório acadêmico de processamento de leite de uma instituição pública de ensino. A metodologia utilizada constituiu-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem quantitativa. A coleta de dados ocorreu com a utilização dos instrumentos de medição ambiental Medidor de Estresse Térmico, recomendado para avaliação da exposição ao calor; Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo (IBUTG), com base nos Limites de Tolerância propostos pela NR 15; e avaliação ambiental do frio por meio da tabela de Limite de Tolerância da Conferência Americana de Higienistas Industriais Governamentais (ACGIH). O resultado obtido para avaliação do calor foi de IBUTG médio ponderado de 30,075 para produção de iogurte, se mostrando abaixo do limite de tolerância proposto pela NR 15. Para avaliação do frio, obteve-se valor de 8 ºC, estando na faixa de temperatura aceitável pela ACGIH, para uma jornada de 1 hora e 40 minutos intercalados.

Palavras-chave


Temperaturas extremas; Laboratório; Trabalhador; Limite de Tolerância


Texto completo:

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DOI: http://dx.doi.org/10.18265/1517-03062015v1n44p79-87

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