Avaliação fenoprodutiva e teores clorofilianos de rabanete sob fertilização com urina de vaca e cobertura morta

Autores

  • Francisco de Assis Bezerra Junior Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) - Campus Picuí
  • José Lucínio de Oliveira Freire Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) - Campus Picuí
  • Jandeilson Alves de Arruda Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) - Campus Picuí http://orcid.org/0000-0002-2775-2486
  • Thiago Anderson Oliveira de Azevedo Escola Estadual Professor Lordão
  • Luana Apoena Dantas Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) - Campus Picuí

DOI:

https://doi.org/10.18265/1517-03062015v1n42p31-40

Palavras-chave:

Raphanus sativa L., Agroecologia, Produção orgânica

Resumo

O rabanete (Raphanus sativus L.) é uma hortaliça de ciclo curto e que tem uma rápida demanda por nutrientes para crescer e produzir. Ante o número exíguo de relatos sobre fertilização orgânica com esta cultura, este trabalho foi conduzido no Setor de Produção Vegetal do Curso de Agroecologia do IFPB – campus Picuí – e objetivou avaliar os atributos de crescimento, os produtivos e índice de clorofila do rabanete em resposta à aplicação parcelada de urina de vaca, via solo, como alternativa de fertilização. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com quatro repetições, em arranjo fatorial 6 x 2, correspondente a seis concentrações de urina de vaca (0,00%; 0,25%; 0,50%; 0,75%; 1,00% e 1,25% - v/v), aplicadas semanalmente, com e sem cobertura morta. As variáveis analisadas foram altura das plantas, número de folhas, área foliar, área foliar específica, índice de área foliar, índice de clorofila Falker a, b e total, diâmetros longitudinal e equatorial das raízes tuberosas, massa fresca da raiz tuberosa, comprimento da raiz axial, massa seca total, porcentagem de raiz tuberosa comercial, produtividade e produtividade de matéria seca. O uso da cobertura morta reduziu a área foliar específica, a matéria fresca e a produtividade do rabanete, independentemente da concentração de urina de vaca aplicada. O índice de clorofila foliar do rabanete foi superior nas plantas sem cobertura morta. Os rabanetes mais compridos foram obtidos nos substratos sem cobertura morta e urina de vaca a 0,51%. Possivelmente, em razão da produção de metabólitos secundários (aleloquímicos) oriundos da cobertura morta (palha de arroz), a aplicação de urina de vaca a 0,54% e sem cobertura morta proporcionou maior produtividade do rabanete. A concentração de urina de vaca de 0,38% proporcionou maior produtividade de matéria seca.

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Publicado

2018-08-18

Edição

Seção

Ciências Agrárias I - Agronomia - Solos

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