Influência dos efeitos globais de segunda ordem em manifestações patológicas em um edifício de concreto
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-0306a2020v1n51p97-111Palavras-chave:
Manifestações patológicas, Instabilidade estrutural, Efeitos globais de segunda ordem, Edifícios altos, Concreto armadoResumo
Acidentes estruturais de edifícios altos devido à falta de estabilidade têm ocorrido com certa frequência no Brasil. Em geral, a instabilidade de edifícios desencadeia uma série de patologias em elementos estruturais e não-estruturais. A prescrição normativa brasileira sugere dois processos simplificados para a análise da condição de estabilidade do edifício, denominados de parâmetro de instabilidade ? e coeficiente ?z. Em termos de aplicação em projetos, a principal diferença entre tais processos é que, diferentemente do parâmetro de instabilidade ?, o coeficiente ?z pode ser usado para estimar os efeitos globais de segunda ordem e se aplica a edifícios que não possuem dupla simetria em planta. Diante do exposto, este trabalho aborda possíveis causas de manifestações patológicas devido à instabilidade estrutural de um edifício de concreto armado apresentado por Fusco (1996). Assim que o edifício foi ocupado, iniciou-se um processo de fissuração que foi agravado em poucos dias. Devido a seu formato e posicionamento, as fissuras propagaram-se de modo a separar o edifício em dois, como forma de compensar os efeitos inerentes à instabilidade. Com isso, por meio da utilização de um programa computacional comercial de cálculo estrutural, a instabilidade da edificação é avaliada, bem como sua influência no padrão de fissuração observado.
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