Mal-estar no ambiente de trabalho: o caso do IFRN
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-03062015v1n42p41-49Palavras-chave:
Qualidade de Vida no Trabalho, IFRN, Mal-estarResumo
Este trabalho tem como objetivo diagnosticar o mal-estar no trabalho na percepção dos servidores do IFRN. A pesquisa é do tipo descritiva e de natureza qualitativa. As respostas apontadas pelos servidores permitiram os seguintes resultados: 1. A relação socioprofissional (45,09%) foi o fator mais expressivo e, entre suas dimensões mais pontuadas, podemos destacar: Relação interpessoal negativa (33,41%), Ausência de compromisso (16,7%) e Desempenho negativo da gestão (16,7%). 2. O segundo fator mais pontuado foi Organização do trabalho (26,74%) e, entre suas dimensões, podemos destacar: Sobrecarga/pressão/ ausência de flexibilidade/liberdade (35,74%), Insatisfação com a jornada de trabalho (22,13%) e Padrão organizacional negativo (21,7%); 3. No fator Condição de trabalho (14,73%), destaca-se: Deslocamento/distância de casa para o trabalho (43,85%). 4. No fator Reconhecimento e Crescimento Profissional (3,88%), destacam-se: A falta de reconhecimento e capacitação dos servidores (39,39%); 5. No fator Elo trabalho e vida social (3,23%), temos como destaque: A insatisfação (33,33%) e o estresse e cansaço físico no trabalho (3%). Os aspectos que proporcionam mal-estar no ambiente de trabalho devem ser considerados nos projetos de Qualidade de Vida no Trabalho, e ser pontos de reflexões quanto à mudança de paradigma institucional. Urgem ações que reforcem as relações interpessoais, melhorem o comportamento gerencial, analisem aspectos da organização do trabalho, dos deslocamentos como também o estresse no trabalho.
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