Avaliação de parâmetros físico-químicos da água dos maceiós do Bessa e Intermares / PB

Autores

  • Ane Josana Dantas Fernandes Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus Cabedelo
  • Jordannyele Raiza de Almeida Oliveira Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus Cabedelo
  • Elizabeth Luiza Sales Gomes Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus Cabedelo
  • Maria Larissa Morais Ferreira Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus Cabedelo
  • Cristiano Cabral Santos Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus Picuí
  • Maria Mônica Lacerda Martins Lúcio Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus Cabedelo

DOI:

https://doi.org/10.18265/1517-03062015v1n36p29-41

Palavras-chave:

Análise de água, Maceió Intermares, Maceió Bessa

Resumo

Os ambientes lagunares fluviomarinhos, conhecidos regionalmente por maceiós, são áreas utilizadas para prática de atividades pesqueiras e recreação, além do turismo. Sabe-se, porém, que a qualidade da água em muitos desses maceiós está comprometida, resultado do lançamento de efluentes e da falta de educação dos moradores que descartam resíduos nas margens, podendo causar doenças e acidentes a banhistas e animais marinhos. Este trabalho visa contribuir para o diagnóstico e caracterização desse ambiente, avaliando-se a qualidade da água dessas regiões por meio de análises físico-químicas de pH, temperatura, condutividade elétrica, turbidez, dureza total, dureza de cálcio e magnésio, oxigênio dissolvido, amônia, nitrito e fosfato, seguindo-se o Standard Methods of Water and Wastewater. O projeto foi desenvolvido no maceió localizado na antiga foz do Rio Jaguaribe, em Cabedelo-PB e em outro maceió, em João Pessoa/PB, na praia do Bessa, que também recebe água do Rio Jaguaribe. Definiram-se três pontos de coleta em cada área: o primeiro localizado no rio que desemboca no Maceió [amostras BR e IR(1,2,3)]; o segundo no próprio maceió [amostras BM e IM(1,2,3)]; e o terceiro na água do mar [amostras BS e IS(1,2,3)]. Realizaram-se cinco coletas, em triplicata autêntica, durante os meses de julho/2015 a abril/2016. Os resultados sugeriram que as amostras coletadas nos pontos do rio e maceió do Bessa apresentam uma maior concentração de poluentes que as do Intermares, devido ao fato de apresentarem concentrações mais elevadas dos nutrientes avaliados. A concentração do oxigênio dissolvido foi muito baixa em todas as amostras coletadas nos pontos do rio e maceiós do Bessa e Intermares, encontrando-se inferior aos 4 mg/L, preconizado pela resolução Nº 357/2005. A turbidez, condutividade elétrica e dureza total tiveram seus valores aumentados gradativamente no sentido rio, maceió e mar.

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Referências

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Publicado

2017-08-10

Edição

Seção

Química

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