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Pegada de carbono da sinterização do porcelanato e potencial de mitigação de mudanças climáticas associado à substituição energética
Resumo
A fabricação de porcelanato demanda uma quantidade elevada de eletricidade para abastecer os maquinários e também uma grande quantidade de calor para a sinterização, que usualmente emprega gás natural. Este estudo quantifica as emissões de gases de efeito estufa, por meio da metodologia da Avaliação do Ciclo de Vida, para um forno a gás natural de uma indústria de cerâmica. O primeiro objetivo é fornecer o impacto ambiental associado ao processo de sinterização do porcelanato, que será expresso em quilogramas de dióxido de carbono equivalente (pegada de carbono). O segundo objetivo tem o intuito de verificar o potencial de mitigação das mudanças climáticas com a introdução de novas fontes energéticas para alimentar os fornos. O estudo de caso aqui apresentado incluiu duas formas de biomassa disponíveis localmente para substituição parcial do gás natural consumido no forno: resíduo de poda urbana e bagaço de cana-de-açúcar. Após coleta de dados in situ, construiu-se um inventário de fluxos de matéria e energia. O processo de sinterização emitiu 0,2187 kg CO2-eq/kg de porcelanato, e 93% dessas emissões estão associadas ao consumo de gás natural. A substituição de 30% do gás natural por resíduos de poda urbana ou bagaço de cana-de-açúcar diminuiu as emissões em aproximadamente 25%. Verificou-se que há potencial para mitigação de mudanças climáticas associado à transição energética do combustível utilizado na sinterização.
Palavras-chave
avaliação do ciclo de vida; biomassa; emissões de gases de efeito estufa; ODS 12; revestimento cerâmico; sustentabilidade
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