Contribuição para autogestão dos Empreendimentos Econômicos Solidários vinculados ao Fórum de Economia Solidária de Guarabira (PB) e região
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-0306a2021id4423Palavras-chave:
Economia Solidária, Empreendimentos Econômicos Solidários, Autogestão, Funções administrativasResumo
Embora moldados por práticas de autogestão, os Empreendimentos Econômicos Solidários (EES) vinculados ao Fórum de Economia Solidária de Guarabira (PB) e Região perpassam por diversas dificuldades no que tange a este modelo administrativo. Tendo em vista essa realidade, desenvolveu-se o presente estudo relacionado à área de gestão com enfoque nas funções administrativas, visando identificar as possíveis dificuldades ligadas à essa área que impedem o desenvolvimento pleno da autogestão nesses empreendimentos. Nesse sentido, baseamo-nos nas obras de França (2007) e Gaiger (2007) para elucidar nossa compreensão da Economia Solidária (ES) , e buscamos em Barcelos e Lechat (2008) o conceito de autogestão. Maximiniano (2000) deu o suporte teórico à hipótese de que as práticas da boa administração podem ser adaptadas para a especificidade dos EES. Em Chiavenato (2003) e Rosses (2014) buscou-se os conceitos de Administração de Empresas, e em Chagas (2015) e Araújo e Santana (2015) corroboramos a necessidade da adequação desses princípios aos EES. A metodologia utilizada caracteriza-se como exploratória, descritiva e qualitativa. Foi possível perceber que as funções administrativas são ações, em geral, já desenvolvidas pelos EES, porém o planejamento ainda é uma prática pouco usual, sendo importante tornar os métodos e as ferramentas da administração mais acessíveis à realidade dos trabalhadores da ES.
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