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Cetoacidose diabética em cadela com piometra aberta – relato de caso
Resumo
Uma cadela, SRD, 13 anos de idade, foi atendida na Clínica Médica de Pequenos Animais, do Hospital Veterinário, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), com histórico de anorexia, apatia, poliúria, polidipsia e secreção vaginal. Na ultrassonografia, foram observadas alterações sugestivas de piometra. Hemograma completo, bioquímica sérica e urinálise revelaram anemia normocítica, normocrômica e intensa leucocitose com neutrofilia, glicosúria (> 1000 mg/dl), hipostenúria (DU 1,015), cetonúria (+++) e hiperglicemia (463,7 mg/dl). A hemogasometria indicou acidose metabólica (pH 6,68; BE: -30; HCO3: 5 mEq/L). Diagnosticou-se cetoacidose diabética, sendo indicado o internamento da paciente. Foram tratados os desequilíbrios hídrico e ácido básico, sendo administrada solução de NaCl 0,9%, associada a bicarbonato de sódio 8,4%, devido à gravidade da acidose. Foi iniciada a antibioticoterapia com Ceftriaxona (30 mg/kg/IV) e metronidazol (15 mg/kg/IV) para controle do foco infeccioso. A terapia insulínica foi iniciada com insulina regular (0,2 UI/kg, IM), até a glicemia atingir valores abaixo de 270 mg/dl. No quarto dia de internamento, os valores de hemogasometria e glicemia melhoraram, porém a leucocitose aumentou. No quinto dia, a paciente foi encaminhada para o procedimento cirúrgico de OH. No nono dia de internamento, o animal recebeu alta com a prescrição de insulina NPH (0,5 UI/kg, BID, junto às refeições), até novas recomendações.
Palavras-chave
Diabetes; Emergência; Endocrinologia
Texto completo:
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