Emergência e vigor de Tabebuia aurea (Silva Manso) Benth. & Hook.f. ex S.Moore em função de diferentes tempos de imersão em água

Romário de Sousa Almeida

ORCID iD Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Brasil

Jayane Karine Pereira de Araújo

ORCID iD Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Brasil

Azenate Campos Gomes

ORCID iD Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Brasil

Francisca Maria Barbosa

ORCID iD Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Brasil

Alecksandra Vieira de Lacerda

ORCID iD Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Brasil

Resumo

Considerando as estratégias de recuperação de áreas degradadas e a necessidade de estudos relacionados à tecnologia de produção vegetal, objetivou-se com a pesquisa avaliar a influência dos diferentes tempos de imersão em água na emergência e vigor das plântulas de Tabebuia aurea (Silva Manso) Benth. & Hook.f. ex S.Moore. As sementes foram submetidas a 11 tratamentos: Testemunha (T1), períodos de imersão em água por 6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54 e 60 h (T2, T3, T4, T5, T6, T7, T8, T9, T10 e T11, respectivamente). Utilizaram-se quatro repetições de 25 sementes em cada tratamento. Trinta dias após a semeadura, foram analisados: comprimento de plântula, diâmetro, massa fresca e massa seca. Os dados foram submetidos à análise de variância e a comparação entre as médias foi realizada pelo teste de Tukey. Nas Embebições 60 h (T11)e 42 h (T8) a emergência das plântulas iniciou-se no quarto e quinto dias após o plantio, respectivamente. Entretanto, não houve efeito significativo dos tratamentos utilizados para Emergência (%) e Índice de Velocidade de Emergência (IVE) 30 dias após a semeadura. A maior média de comprimento de plântula ocorreu na Embebição 48 h (T9) com 18,5 cm. Para o diâmetro, a Embebição 6 h (T2) proporcionou o maior quantitativo (2,34 mm), seguido pela Testemunha (T1) com 2,28 mm. A maior média de massa fresca ocorreu na Embebição 36 h (T7) com 1,2786 g, enquanto que a Embebição 48 h (T9) e Embebição 42 h (T8) expressaram maiores valores de massa seca com 0,3678 e 0,3675 g, respectivamente. Portanto, observou-se que os diferentes tempos de imersão das sementes de T. aurea em água produziram plântulas mais vigorosas no que se refere aos parâmetros de comprimento de plântula, diâmetro, massa fresca e massa seca. Entretanto, não houve efeito significativo dos tratamentos utilizados para porcentagem de Emergência e IVE ao final do experimento.

Palavras-chave


Sementes florestais; Dormência; Caatinga; Craibeira


Texto completo:

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DOI: http://dx.doi.org/10.18265/1517-0306a2021id4308

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