Influência das condições ambientais de armazenamento na qualidade fisiológica de sementes de Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir.

Adriano Salviano Lopes

ORCID iD Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Brasil

Carina Seixas Maia Dornelas

ORCID iD Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Brasil

Iracy Amélia Pereira Lopes

ORCID iD Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Brasil

Ariana da Mota Oliveira

ORCID iD Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Brasil

Micilene Silva de Brito

ORCID iD Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Brasil

Alecksandra Vieira de Lacerda

ORCID iD Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Brasil

Resumo

O armazenamento é uma prática fundamental no controle da qualidade fisiológica da semente, pois é um método que pode preservar a viabilidade e o vigor desta por um período mais prolongado. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi estudar a influência do armazenamento na qualidade fisiológica de sementes de jurema-preta (Mimosa tenuiflora (Willd) Poir.) em diferentes ambientes e embalagens. O trabalho foi conduzido no Laboratório de Ecologia e Botânica (CDSA/UFCG) com sementes coletadas de árvores matrizes localizadas no município de Sumé-PB, que foram homogeneizadas e acondicionadas em diferentes embalagens (saco de papel do tipo Kraft e vidro) e armazenadas em ambientes de laboratório e em freezer por um período de oito meses. A cada mês de armazenamento, foram avaliadas as seguintes características: teor de umidade, emergência, índice de velocidade de emergência e comprimento de plântulas. Verificou-se que as sementes acondicionadas em freezer na embalagem de vidro apresentaram os melhores resultados em todos os parâmetros avaliados; já as sementes armazenadas em sacos de papel em temperatura ambiente perderam o vigor germinativo a partir dos 120 dias de armazenamento. Desse modo, o armazenamento em embalagens de vidro e no ambiente freezer é mais indicado para o acondicionamento das sementes de jurema-preta.

Palavras-chave


Acondicionamento; Vigor; Qualidade fisiológica; Semiárido paraibano


Texto completo:

Referências


ALMEIDA, L. D.; BRAGA, N. R.; SANTOS, R. R.; GALLO, P. B.; PEREIRA, J. C. V. N. A. Comportamento de sementes de grão de bico na armazenagem. Bragantia, v. 56, n. 1, p. 97-102, 1997. DOI 10.1590/S0006-87051997000100011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051997000100011. Acesso em: 21 maio 2019.

ALVES, E. U.; SILVA, K. B.; BRUNO, R. L. A.; ALVES, A. U.; CARDOSO, E. A.; GONÇALVES, E. P.; BRAZ, M. S. S. Comportamento fisiológico de sementes de pitombeira [Talisia esculenta (A. ST. Hill) Radlk] submetidas à desidratação. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 30, n. 2, p. 509-516, 2008. DOI 10.1590/S0100-29452008000200042. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-29452008000200042. Acesso em: 21 maio 2019.

ARAÚJO, L. V. C.; LEITE, J. A. N.; ARRIEL, E. F.; BAKKE, O. A. Aspectos fenológicos de uma população de jurema preta (Mimosa hostilis Benth.) sem acúleos. In: CONGRESSO E EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL SOBRE FLORESTA, 6., 2000, Porto Seguro. Anais [...]. Rio de Janeiro: Instituto Ambiental Biosfera, 2000. p. 17-18.

ARAÚJO, L. V. C.; LEITE, J. A. N.; PAES, J. B. Estimativa da produção de biomassa de um povoamento de jurema-preta (Mimosa tenuiflora (Willd.) Poiret. com cinco anos de idade. Biomassa & Energia, v. 1, n. 4, p. 347-352, 2004.

AZEVEDO, M. R. Q. A.; GOUVEIA, J. P. G.; TROVÃO, D. M. M.; QUEIROGA, V. P. Influência das embalagens e condições de armazenamento no vigor de sementes de gergelim. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 7, n. 3, p. 519-524, 2003. DOI 10.1590/S1415-43662003000300019. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-43662003000300019&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 14 maio 2019.

BAKKE, I. A. Potencial de acumulação de fitomassa e composição bromatológica da jurema preta (Mimosa tenuiflora (Willd.) Poiret.) na região semi-árida da Paraíba. 2005. Tese (Doutorado em Agronomia) – Universidade Federal da Paraíba, Areia, 2005. Disponível em:

https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/tede/8108/2/arquivototal.pdf. Acesso em: 13 fev. 2019.

BRADBEER, J. W. Seed dormancy and germination. London: Blackie Academic & Professional; New York: Chapman and Hall, 1988. 146 p.

BRAGA, R. Plantas do Nordeste: especialmente do Ceará. 3. ed. Fortaleza: ESAM, 1976. 450 p.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília: MAPA/ACS, 2009. 395 p. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/assuntos/insumos-agropecuarios/arquivos-publicacoes-insumos/2946_regras_analise__sementes.pdf. Acesso em: 4 jun. 2019.

CASTRO, A. S; CAVALCANTE, A. Flores da caatinga: Caatinga flowers. Campina Grande: Instituto Nacional do Semiárido, 2010. Disponível em: https://bibflora.medialab.ufg.br/wp-content/uploads/2017/05/Flores-da-caatinga.pdf. Acesso em: 5 mar. 2019.

DRUMOND, M. A.; KILL, L. H. P.; LIMA, P. C. F.; OLIVEIRA, M. C.; OLIVEIRA, V. R.; ALBUQUERQUE, S. G.; NASCIMENTO, C. E. S.; CAVALCANTE, J. Estratégias para o uso sustentável da biodiversidade da caatinga. In: Workshop de avaliação e identificação de ações prioritárias para a conservação, utilização sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade do Bioma Caatinga. Petrolina: Embrapa/Cpatsa; UFPE; Conservation International do Brasil, 2000.

LIMA, J. L. S. Plantas forrageiras das caatingas: uso e potencialidades. Petrolina: EMBRAPA-CPATSA/PNE/RBG-KEW, 1996. 28 p. Disponível em:

https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/18403/1/FORRAGEIRAS-P1.pdf. Acesso em: 22 nov. 2018.

MAGUIRE, J. D. Speed of germination: aid in selection and evaluation for seeding emergence and vigor. Crop Science, v. 2, n. 2, p. 176-177, 1962. DOI

2135/cropsci1962.0011183X000200020033x. Disponível em: https://acsess.onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.2135/cropsci1962.0011183X000200020033x. Acesso em: 23 out. 2018.

MAIA, G. N. Catingueira. In: MAIA, G. N. Caatinga: árvores e arbustos e suas utilidades. São Paulo: Leitura e Arte, 2004. p. 159-169.

NAKAGAWA, J. Testes de vigor baseados no desempenho de plântulas. In: KRZYZANOWSKI, F. C.; VIEIRA, R. D.; FRANÇA NETO, J. B. (ed.). Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina: ABRATES, 1999. cap. 2, p. 1-24.

NUNES, Y. R. F.; FAGUNDES, M.; ALMEIDA, H. S.; VELOSO, M. D. M. Aspectos ecológicos da aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão - Anacardiaceae): fenologia e germinação de sementes. Revista Árvore, v. 32, n. 2, p. 233-243, 2008. DOI 10.1590/S0100-67622008000200006. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-67622008000200006&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 28 jun. 2019.

PINTO, M. S. C; CAVALCANTE, M. A. B; ANDRADE, M. V. M. Potencial forrageiro da caatinga, fenologia, métodos de avaliação da área foliar e o efeito do déficit hídrico sobre o crescimento de plantas. Revista Electrónica de Veterinaria – REDVET, v. 7, n. 4, 2006. Disponível em: http://agris.fao.org/agris-search/search.do?recordID=DJ2012034075. Acesso em: 20 ago. 2019.

RODAL, M. J. N.; MARTINS, F. R.; SAMPAIO, E. V. S. B. Levantamento quantitativo das plantas lenhosas em trechos de vegetação de caatinga em Pernambuco. Revista Caatinga, v. 21, n. 3, p. 192-205, 2008. Disponível em:

https://periodicos.ufersa.edu.br/index.php/caatinga/article/view/366/372. Acesso em: 5 jun. 2019.

SANTOS, C. F.; LIMA, G. P. P.; MORGADO, L. B. Tolerância e caracterização bioquímica em feijão-caupi submetido a estresse hídrico na pré-floração. Naturalia, v. 33, p. 34-44, 2010. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/141229/ISSN2177-0727-2010-33-34-44.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 17 abr. 2019.

TOLEDO, F. F.; MARCOS FILHO, J. Manual de sementes: tecnologia da produção. São Paulo: Agronômica Ceres, 1977. 224 p.

VALE, L. V.; ARAÚJO FILHO, J. A.; ARRUDA, F. A. V.; SERPA, M. B. M. Valor nutritivo da vagem de jurema preta. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 22., 1985, Balneário Camboriú. Anais [...] Viçosa: SBZ, 1985. p. 237. Disponível em: https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/515086/1/RACValornutritivo.pdf. Acesso em: 6 fev. 2019.


DOI: http://dx.doi.org/10.18265/1517-03062015v1n48p119-127

O arquivo PDF selecionado deve ser carregado no navegador caso tenha instalado um plugin de leitura de arquivos PDF (por exemplo, uma versão atual do Adobe Acrobat Reader).

Como alternativa, pode-se baixar o arquivo PDF para o computador, de onde poderá abrí-lo com o leitor PDF de sua preferência. Para baixar o PDF, clique no link abaixo.

Caso deseje mais informações sobre como imprimir, salvar e trabalhar com PDFs, a Highwire Press oferece uma página de Perguntas Frequentes sobre PDFs bastante útil.

Visitas a este artigo: 2239

Total de downloads do artigo: 1233