Qualidade sanitária de grãos de soja avariados por percevejo na lavoura e armazenados em diferentes condições

Jaqueline Ferreira Vieira Bessa

ORCID iD Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IF Goiano), Campus Rio Verde Brasil

Osvaldo Resende

ORCID iD Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IF Goiano), Campus Rio Verde Brasil

Rayr Rodrigues Lima

ORCID iD Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IF Goiano), Campus Rio Verde Brasil

Maria Aparecida da Silva Lopes

ORCID iD Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IF Goiano), Campus Rio Verde Brasil

Carolina de Freitas Fófano Garcia

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IF Goiano), Campus Rio Verde Brasil

Wellytton Darci Quequeto

ORCID iD Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IF Goiano), Campus Rio Verde Brasil

Resumo

Objetivou-se, neste trabalho, avaliar, ao longo do armazenamento, o efeito da temperatura e do teor de água em grãos de soja com elevada danificação por percevejo na lavoura, por meio da qualidade sanitária. Foram utilizados dois teores de água (11,75 e 13,84%, base úmida) e os grãos foram acondicionados em embalagens de polietileno de alta densidade (PEAD), armazenados em quatro câmaras climáticas (BOD), reguladas nas temperaturas de 20, 25, 30 e 35°C e avaliados a cada dois meses, analisando-se a atividade de água, sanidade dos grãos e índice de ocorrência. O experimento foi montado em delineamento inteiramente casualizado e em esquema fatorial 2 x 4 x 4, sendo dois teores de água, quatro temperaturas de armazenamento e quatro tempos de avaliação. O teor de água e as temperaturas ao longo do armazenamento influenciam a qualidade sanitária dos grãos de soja avariados por percevejo na lavoura. Quanto maior o teor de água e também a temperatura de armazenamento, mais elevada é a atividade de água dos grãos de soja danificados por percevejo bem como o incremento na ocorrência de fungos.

Palavras-chave


Atividade de água; Fungos; Teor de água; Glycine max (L); Pós-colheita


Texto completo:

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DOI: http://dx.doi.org/10.18265/1517-0306a2021v1n54p148-162

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