Águas Inseguras? Monitoramento da qualidade da água estocada em cisternas no semiárido paraibano
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-0306a2021v1n54p113-120Palavras-chave:
Captação pluvial, Fontes alternativas, PotabilidadeResumo
As cisternas são alternativas que garantem acesso à água, de forma descentralizada, com baixo impacto ao ambiente e economicamente viáveis no semiárido brasileiro. Verificadas tais vantagens, objetivou-se avaliar a qualidade da água de fontes diversas, armazenadas em cisternas, em um assentamento rural no município de Cubati-semiárido da Paraíba. Foram monitorados pH, condutividade elétrica, sólidos totais dissolvidos, salinidade, cor, turbidez, nutrientes nitrogenados e a presença de coliformes totais e termotolerantes, durante os períodos chuvoso (abril e junho/2018) e seco (dezembro/2018). A água armazenada nas cisternas advém de fontes distintas entre os períodos hidrológicos, sendo, primariamente, da captação pluvial, no período chuvoso, e do abastecimento por carros pipa, durante o período seco. As águas de todas as fontes analisadas não apresentaram características potáveis, apresentando elevados valores para os parâmetros de cor (49,6 a 196,5 uC), turbidez (6,9 a 83,9 NTU), nitrato (2,2 a 10,2 mg/L), coliformes totais e Escherichia coli. Apesar de o armazenamento em cisternas apresentar-se como potencial fonte de acesso à água para comunidades do semiárido, há uma evidente necessidade de tratamento prévio ao seu consumo, sendo ainda a captação pluvial a fonte mais indicada para fins mais nobres, como beber ou cozinhar.
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