Desempenho de um sistema solar fotovoltaico com diferentes inclinações e orientações azimutais em cidades da Paraíba
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-03062015v1n43p175-188Palavras-chave:
Ângulo de orientação, Energia solar, Produção de energia anual, Perdas de rendimentoResumo
O Sol é a principal fonte de energia para a Terra. A conversão da energia solar para elétrica pode ser realizada por meio de sistemas fotovoltaicos, que têm seu desempenho dependente de diversas variáveis, inclusive do ângulo de inclinação e da orientação azimutal. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção anual de energia elétrica em função dos ângulos de inclinação e orientação azimutal para um sistema fotovoltaico residencial conectado à rede em seis municípios da Paraíba. A análise foi realizada via simulação, no System Advisor Model, para um sistema com capacidade de 1500 Wp. A orientação ideal considerada neste estudo foi azimute 0° (voltado ao norte geográfico) e inclinação igual à latitude local, como discutido na literatura para um sistema ideal. A variação do ângulo de inclinação do módulo foi considerada nos intervalos entre 0° e 90º e o ângulo azimutal variou de 0º a 360º. A produção anual de energia gerada em cada posicionamento foi normalizada pelo rendimento de um sistema orientado de forma ideal, para, então, obter-se as perdas para cada orientação. Verificou-se que, em todas as cidades analisadas, da energia produzida pelo sistema na condição horizontal, independente do ângulo azimutal, as perdas não superaram 1% em relação ao sistema ideal. Observou-se também que há uma faixa ampla de inclinações e orientações para que um arranjo fotovoltaico seja aplicado com o mínimo de perdas de geração de energia elétrica em relação ao sistema ideal (azimute 0° e inclinação igual à latitude local).
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