Qualidade da água subterrânea utilizada para irrigação em comunidade rural do município de Areia, Paraíba
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-0306a2021id6344Palavras-chave:
irrigação, poços tubulares, salinidade, sodicidadeResumo
A água é o bem mais valioso da terra; na agricultura, sua qualidade afeta diretamente o desenvolvimento das espécies e pode ocasionar a degradação do solo. Sendo assim, este trabalho objetivou avaliar os parâmetros físico-químicos de água subterrânea utilizada para agricultura familiar no brejo paraibano. Foram coletadas amostras de água de dois poços tubulares profundos não jorrantes, com 40 m e 52 m de profundidade, em uma propriedade rural do município de Areia-PB, totalizando seis amostras, no período de novembro de 2017 a janeiro de 2018. As amostras foram encaminhadas para o Laboratório de Química Analítica da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Campus II, Areia, Paraíba. Foram analisadas as seguintes variáveis: alcalinidade total; dureza total; pH; Ca, Na, K e Mg; turbidez; condutividade elétrica; e Razão de Absorção de Sódio (RAS). Com base nos resultados dos parâmetros físico-químicos, as águas avaliadas são adequadas para o uso na agricultura irrigada, considerando as legislações vigentes. Quanto ao risco de salinização, as amostras foram classificadas em C1 (baixo)e C2 (médio), e quanto ao risco de sodificação, essas foram classificadas em águas do tipo S2 (médio)e S3 (alto). Embora possam ser utilizadas para irrigação, é importante acompanhar as concentrações de sódio, cálcio e magnésio nessas águas.
Downloads
Referências
AGUIAR, C. N. H.; ANDRADE, C. K. B. L.; MOURA, T. N. B.; CARVALHO, J. O.; OLIVEIRA, F. C. Análise dos padrões de qualidade físico-química de amostras de água mineral comercializada em Teresina-PI. Revista Interdisciplinar, v. 12, n. 3, p. 27-36, 2019. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=7961772. Acesso em: 29 maio 2023.
ALCALDE-SANZ, L.; GAWLIK, B. M. Minimum quality requirements for water reuse in agricultural irrigation and aquifer recharge: Towards a legal instrument on water reuse at EU level, EUR 28962 EN. Luxembourg: Publications Office of the European Union, 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.2760/804116.
ALMEIDA, M. C.; SILVA, M. M.; PAULA, M. Avaliação do desempenho de uma estação de tratamento de água em relação à turbidez, cor e Ph da água. Revista Eletrônica de Gestão e Tecnologias Ambientais, v. 5, n. 1, p. 25-40, 2017. DOI: https://doi.org/10.9771/gesta.v5i1.17396.
ALMEIDA, O. A. Qualidade da água de irrigação. Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura, 2010. Disponível em: https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/875385/1/livroqualidadeagua.pdf. Acesso em: 9 nov. 2021.
ANDRADE, T. S.; MONTENEGRO, S. M. G. L.; MONTENEGRO, A. A. A.; RODRIGUES, D. F. B. Variabilidade espaço-temporal da condutividade elétrica da água subterrânea na região semiárida de Pernambuco. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 16, n. 5, p. 496-504, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S1415-43662012000500005.
APHA – AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION; AWWA – AMERICAN WATER WORKS ASSOCIATION; WEF – WATER ENVIRONMENT FEDERATION. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20. ed. Washington, D.C.: APHA: AWWA: WEF, 1998.
ARAÚJO, E. B. G.; SÁ, F. V. S.; OLIVEIRA, F. A.; SOUTO, L. S.; PAIVA, E. P.; SILVA, M. K. N.; MESQUITA, E. F.; BRITO, M. E. B. Crescimento inicial e tolerância de cultivares de meloeiro à salinidade da água. Revista Ambiente & Água, v. 11, n. 2, p. 462-471, 2016. DOI: https://doi.org/10.4136/ambi-agua.1726.
BELIZÁRIO, T. L.; SOARES, M. A.; ASSUNÇÃO, W. L. Qualidade da água para irrigação no projeto de assentamento Dom José Mauro, Uberlândia-MG. Revista Gestão Tecnologia e Ciências, v. 3, n. 5, p. 53-73, 2014. Disponível em: https://www.fucamp.edu.br/editora/index.php/getec/article/view/430. Acesso em: 16 dez. 2021.
BRAGA, E. S.; FREITAS, C. B.; MENDES, L. S. A. S.; AQUINO, M. D. Avaliação da qualidade de águas subterrâneas localizadas no litoral, serra e sertão do Estado do Ceará destinadas ao consumo humano. Águas Subterrâneas, v. 32, n. 1, p. 17-24, 2018. DOI: https://doi.org/10.14295/ras.v32i1.28969.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 888, de 4 de maio de 2021. Altera o Anexo XX da Portaria de Consolidação GM/MS nº 5, de 28 de setembro de 2017, para dispor sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2021. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-gm/ms-n-888-de-4-de-maio-de-2021-318461562. Acesso em: 9 nov. 2021.
CAVALCANTE, L. F.; OLIVEIRA, F. A.; GHEYI, H. R.; CAVALCANTE, I. H. L.; SANTOS, P. D. Água para agricultura: irrigação com água de boa qualidade e água salina. In: CAVALCANTE, L. F. O maracujazeiro amarelo e a salinidade da água. João Pessoa: Sal da Terra, 2012. Cap. 1, p. 17-65.
CHIANCA, C. G. C.; BATISTA, R. O.; SILVA, C. K.; SOUZA, A. A. Qualidade da água de barragens subterrâneas do município de Caraúbas/RN. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 2, p. 7444-7456, 2020. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/6904. Acesso em: 16 dez. 2021.
COELHO, S. C.; DUARTE, A. N.; AMARAL, L. S.; SANTOS, P. M.; SALLES, M. J.; SANTOS, J. A. A.; SOTERO-MARTINS, A. Monitoramento da água de poços como estratégia de avaliação sanitária em comunidade rural da cidade de São Luís, MA, Brasil. Revista Ambiente & Água, v. 12, n. 1, p. 156-167, 2017. DOI: https://doi.org/10.4136/ambi-agua.1962.
CONAMA – CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução nº 396, de 3 de abril de 2008. Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas e dá outras providências. Brasília, DF: Conama, 2008. Disponível em: https://www.mpf.mp.br/atuacao-tematica/ccr4/dados-da-atuacao/projetos/qualidade-da-agua/legislacao/resolucoes/resolucao-conama-no-396-de-3-de-abril-de-2008/view. Acesso em: 23 nov. 2018.
ESTEVES, F. Fundamentos de limnologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2011. 826 p.
FAO – FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS. Status of the world’s soil resources. Roma: FAO, 2015. Disponível em: http://www.fao.org/3/a-i5199e.pdf. Acesso em: 29 maio 2023.
FERREIRA, A. C.; ROCHA, L. C.; FIGUEIREDO, M. A. Análise do índice de qualidade de água na bacia do Córrego do Rio Acima, São João Del-Rei/MG. Revista Nacional de Gerenciamento de Cidades, v. 3, n. 15, p. 94-105, 2015. DOI: https://doi.org/10.17271/231884723152015994.
FUNASA – FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. Manual prático de análise de água. 4. ed. rev. Brasília, DF: Funasa, 2013. 150 p.
HOLANDA, J. S.; AMORIM, J. R. A.; FERREIRA NETO, M.; HOLANDA, A. C.; SÁ, F. V. S. Qualidade da água para irrigação. In: GHEYI, H. R.; DIAS, N. S.; LACERDA, C. F.; GOMES FILHO, E. (org.). Manejo da salinidade na agricultura: estudos básicos e aplicados. 2. ed. Fortaleza: INCTSal, 2016. p. 43-62.
KODIREKKALA, K. R. Internal and external factors affecting loss of traditional knowledge: evidence from a horticultural society in South India. Journal of Anthropological Research. v. 73, n. 1, p. 22-42, 2017. DOI: https://doi.org/10.1086/690524.
LIBÂNIO, M. Fundamentos de qualidade e tratamento de água. 3. ed. Campinas: Átomo, 2010. 494 p.
LIMA, B. R.; OLIVEIRA, E. P.; DONATO JÚNIOR, E. P.; BEBÉ, F. V. Uso e qualidade de água subterrânea utilizada por agricultores familiares no Território Sertão Produtivo, Estado da Bahia, Nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, v. 7, n. 16, p. 679-689, 2020. DOI: http://dx.doi.org/10.21438/rbgas(2020)071615.
MARINS, R. V.; PARAQUETTI, H. H. M.; AYRES, G. A. Alternativa analítica para especiação físico-química de mercúrio em águas costeiras tropicais. Química Nova, v. 25, n. 3, p. 372-378, 2002. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-40422002000300007.
MIGLIORINI, P.; WEZEL, A. Converging and diverging principles and practices of organic agriculture regulations and agroecology. A review. Agronomy for Sustainable Development, v. 37, 63, 2017. DOI: https://doi.org/10.1007/s13593-017-0472-4.
NUNES, E. M.; MORAIS, A. C.; AQUINO, J. R.; GURGEL, I. A. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) como mecanismo de política de inclusão na agricultura familiar do Nordeste do Brasil. Revista Grifos, v. 27, n. 45, p. 114-139, 2018. DOI: https://doi.org/10.22295/grifos.v27i45.4454.
NUNES, E. M.; SCHNEIDER, S. Reestruturação agrícola, instituições e desenvolvimento rural no Nordeste: a diversificação da agricultura familiar do Polo Açu-Mossoró (RN). Revista Econômica do Nordeste, Fortaleza, v. 44, n. 3, p. 601-626, 2014. Disponível em: https://www.bnb.gov.br/revista/index.php/ren/article/view/82. Acesso em: 17 dez. 2021.
PARAÍBA. Secretaria de Agricultura e Abastecimento. CEPA – PB. Zoneamento agropecuário do Estado da Paraíba. Relatório ZAP-B-D-2146/1. João Pessoa: UFPB: Eletro Consult, 1978. 448 p.
PENA, R. F. A. Distribuição da água no Brasil. Brasil Escola. 2017. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/distribuicao-agua-no-brasil.htm. Acesso em: 22 set. 2021.
PIRATOBA, A. R. A.; RIBEIRO, H. M. C.; MORALES, G. P.; GONÇALVES, W. G. Caracterização de parâmetros de qualidade da água na área portuária de Barcarena, PA, Brasil. Revista Ambiente & Água, v. 12, n. 3, p. 435-456, 2017. DOI: https://doi.org/10.4136/ambi-agua.1910.
POHLING, R. Reações químicas na análise de água. Fortaleza: Arte Visual, 2009. 334 p.
REBOUÇAS, A. C.; BRAGA, B.; TUNDISI, J. G. Águas doces no Brasil: capital ecológico, uso e conservação. 4. ed. São Paulo: Escrituras, 2003.
RIBEIRO, C. S.; OLIVEIRA, G. G. A questão hídrica no semiárido baiano: conflitos pelo uso da água e as tecnologias sociais de aproveitamento de água de chuva. Revista del CESLA, v. 23, p. 355-382, 2019. Disponível em: https://www.redalyc.org/journal/2433/243360564016/html/. Acesso em: 16 dez. 2021.
RICHARDS, L. A. Diagnóstico y rehabilitación de suelos salinos y sódicos. Departamento de Agricultura de los Estados Unidos de América. 5. ed. México: Limusa, 1954. 172 p.
SANDRI, D.; ROSA, R. R. B. Atributos químicos do solo irrigado com efluente de esgoto tratado, fertirrigação convencional e água de poço. IRRIGA – Brazilian Journal of Irrigation and Drainage, Botucatu, v. 22, n. 1, p. 18-33, 2017. DOI: https://doi.org/10.15809/irriga.2017v22n1p18-33.
SHAHID, S. A.; ZAMAN, M.; HENG, L. Soil salinity: historical perspectives and a world overview of the problem. In: ZAMAN, M.; SHAHID, S. A.; HENG, L. (ed.). Guideline for salinity assessment, mitigation and adaptation using nuclear and related techniques. Cham: Springer, 2018. p. 43-53. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-319-96190-3_2.
SILVA, E. M. N. C. P.; FERREIRA, R. L. F.; ARAÚJO NETO, S. E.; TAVELLA, L. B.; SOLINO, A. J. S. Qualidade de alface crespa cultivada em sistema orgânico, convencional e hidropônico. Horticultura Brasileira, v. 29, n. 2, p. 242-245, 2011a. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-05362011000200019.
SILVA, I. N.; FONTES, L. O.; TAVELLA, L. B.; OLIVEIRA, J. B.; OLIVEIRA, A. C. Qualidade de água na irrigação. ACSA – Agropecuária Científica no Semiárido, v. 7, n. 3, p. 1-15, 2011b. Disponível em: http://revistas.ufcg.edu.br/acsa/index.php/ACSA/article/view/134. Acesso em: 17 dez. de 2021.
SOUZA, C. A.; ARAUJO, Y. R.; ARAÚJO NETO, J. R.; PALÁCIO, H. A. Q.; BARROS, B. E. A. Análise comparativa da qualidade de água para irrigação em três sistemas hídricos conectados no semiárido. Revista Brasileira de Agricultura Irrigada, v. 10, n. 6, p. 1011-1022, 2016. Disponível em: https://www.inovagri.org.br/revista/index.php/rbai/article/view/481. Acesso em: 18 dez. 2021.
SOUZA, M.; RIBEIRO, A. A. Qualidade da água para fins de irrigação em regiões áridas e semiáridas. Brazilian Journal of Biosystems Engineering, v. 13, n. 4, p. 355-359, 2019. DOI: https://doi.org/10.18011/bioeng2019v13n4p355-359.
STEIN, P.; DINIZ FILHO, J. B.; LUCENA, L. R. F.; CABRAL, N. M. T. Qualidade das águas do aquífero Barreiras no setor sul de Natal e norte de Parnamirim, Rio Grande do Norte, Brasil. Revista Brasileira de Geociências, v. 42, suppl. 1, p. 226-237, 2012. DOI: http://dx.doi.org/10.5327/Z0375-75362012000500018.
VILLANUEVA, T. C. B.; LEAL, L. R. B.; ZUCCHI, M. R.; AZEVEDO, E. G.; VILLANUEVA, P. R. A. Diagnóstico da qualidade das águas subterrâneas e elaboração do mapa de uso e ocupação dos solos na região de Irecê-BA. Águas Subterrâneas, v. 29, n. 1, p. 30-41, 2015. DOI: http://dx.doi.org/10.14295/ras.v29i1.27932.
WEZEL, A.; FRANCIS, C. Agroecological practices: potentials and policies. In: WEZEL, A. (ed.). Agroecological practices for sustainable agriculture: principles, applications, and making the transition. Hackensack, NJ: World Scientific, 2017. Cap. 16, p. 463-480. Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=ygQrDwAAQBAJ. Acesso em: 12 nov. 2021.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
• O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s), nem esteja publicado em anais de congressos e/ou portais institucionais;
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es). Opiniões e perspectivas expressas no texto, assim como a precisão e a procedência das citações, são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es), e contribuem para a promoção dos:
- Princípios FAIR (Findable, Accessible, Interoperable, and Reusable – localizável, acessível, interoperável e reutilizável);
- Princípios DEIA (diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade).
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigos às normas da publicação.
Responsabilidades dos autores e transferência de direitos autorais
Os autores devem declarar a originalidade do estudo, bem como o fato de que este não foi publicado anteriormente ou está sendo considerado para publicação em outro meio, como periódicos, anais de eventos ou livros. Ao autorizarem a publicação do artigo na Revista Principia, os autores devem também responsabilizar-se pelo conteúdo do manuscrito, cujos direitos autorais, em caso de aprovação, passarão a ser propriedade exclusiva da revista. A Declaração de Responsabilidades dos Autores e Transferência de Direitos Autorais deverá ser assinada por todos os autores e anexada ao sistema como documento suplementar durante o processo de submissão. Clique no link abaixo para fazer o download do modelo.
Esta revista, seguindo as recomendações do movimento de Acesso Aberto, proporciona seu conteúdo em Full Open Access. Assim os autores conservam todos seus direitos permitindo que a Revista Principia possa publicar seus artigos e disponibilizar pra toda a comunidade.
A Revista Principia adota a licença Creative Commons 4.0 do tipo atribuição (CC-BY). Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, inclusive para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
Os autores estão autorizados a enviar a versão do artigo publicado nesta revista em repositório institucionais, com reconhecimento de autoria e publicação inicial na Revista Principia.