Hydropriming pode melhorar a germinação de sementes da Caatinga?
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-0306a2021id5431Palavras-chave:
inovação, priming, produção florestal, tecnologia de sementesResumo
Sementes florestais podem ser semeadas após períodos de hidratação em água (Hydropriming), conforme recomendado em vários artigos. Para as sementes provenientes da Caatinga são poucas, porém, as informações sobre a efetividade dessa tecnologia. O objetivo deste artigo é, portanto, testar a utilização do Hydropriming em água para melhorar a germinação de algumas sementes de espécies florestais provenientes da Caatinga. Para tal, foi realizado o Hydropriming, por 24 h a 25 °C, em sementes de Pityrocarpa moniliformis, Pseudobombax marginatum, Ceiba speciosa, Jacaranda brasiliana, Handroanthus spongiosus e Tabebuia aurea. Havia um tratamento controle, sem a imersão para cada espécie. Os resultados de germinação foram testados por Qui-quadrado. Não houve diferenças estatísticas entre os tratamentos, exceto para a variável Primeira Contagem em relação à espécie Pseudobombax marginatum. Para as espécies Ceiba speciosa, Handroanthus spongiosus e Tabebuia aurea houve, entretanto, um acréscimo de cerca de 10% na germinação no tratamento com imersão em relação ao tratamento sem imersão. Recomenda-se que testes sejam realizados com sementes provenientes de outras populações e com outras condições de execução, para que sejam visualizadas também outras informações importantes na conservação e produção das referidas espécies.
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