Inoculação com Azospirillum brasilense e Bradyrhizobium japonicum melhora o desempenho fisiológico de sementes de soja?
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-0306a2021id5408Palavras-chave:
bactérias promotoras de crescimento, germinação, Glycine max L., vigorResumo
A soja é uma oleaginosa utilizada na alimentação animal, com ganhos crescentes em produtividade, graças aos avanços tecnológicos, como a utilização de bactérias promotoras de crescimento. O objetivo do trabalho foi avaliar a germinação e vigor de sementes de soja submetidas a diferentes doses de inoculação com Azospirillum brasilense e Bradyrhizobium japonicum. O trabalho foi realizado na Universidade Federal do Piauí, no Campus Professora Cinobelina Elvas. Foi adotado um delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2×2×5, com quatro repetições, sendo duas espécies de bactérias (Azospirillum brasilense e Bradyrhizobium japonicum), duas cultivares de soja (M8808 IPRO e a FTR 4280 IPRO) e cinco doses dos inoculantes (0 ml, 100 ml, 200 ml, 300 ml e 400 ml para 50 kg de sementes). Foram analisados porcentagem de germinação e plântulas anormais, índice de velocidade de germinação, comprimento da parte aérea e raiz e massa seca de plântulas. Houve efeito significativo para todas as variáveis, e o Azospirillum brasilense se mostrou eficiente para todas elas, com exceção da massa seca, que, nesse caso, o Bradyrhizobium japonicum se mostrou mais eficaz. A inoculação com Azospirillum brasilense, na dose entre 200 ml e 300 ml, e de Bradyrhizobium japonicum, na dose de 200 ml a 230 ml, promove melhorias no vigor das sementes.
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