Percepções dos profissionais de saúde do município de Sousa-PB sobre leishmaniose visceral
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-03062015v1n49p62-67Palavras-chave:
Calazar, Controle, Transmissão, Tratamento, VacinaResumo
Objetivou-se analisar o conhecimento dos profissionais de saúde das unidades básicas de atendimento de Sousa sobre a Leishmaniose Visceral. Foram aplicados 100 questionários epidemiológicos com Agentes Comunitários de Saúde, Técnicos de Enfermagem, Enfermeiros e Médicos. Observou-se que, dentre os 100 profissionais entrevistados, 88% afirmaram que a Leishmaniose é uma zoonose, 97% conhecem a Leishmaniose pelo nome de Calazar. Em relação a transmissão da Leishmaniose, 80% dos profissionais acreditam que acontece através da picada do mosquito infectado. Por sua vez apenas 78% dos profissionais reconhecem que o agente causador é protozoário. Quando se fala em tratamento para Leishmaniose, 100% dos profissionais entrevistados acreditam que existe tratamento para essa enfermidade, e 90% mencionaram que havia cura. Sobre a existência de vacina 69% afirmaram não existir. Sobre medidas de controle e profilaxia, 34% remetem a realização de exames diagnósticos nas pessoas e animais. No que diz respeito a prevenção da Leishmaniose, 65% dos profissionais opinaram sobre evitar disseminação do mosquito e informar medidas de prevenção. Conclui-se que ainda há lacunas conceituais nos profissionais de saúde do município de Sousa – PB, sobre Leishmaniose Visceral, havendo a necessidade de implementar processos de educação permanente destes profissionais, contextualizando as informações sobre as leishmanioses à realidade estudada.
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