Sífilis congênita no estado de Pernambuco: uma análise de tendência e das respostas governamentais 2008-2017

Laryssa Cristina Alves da Silva

ORCID iD Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Brasil

Bruno Batista Pereira da Paz

ORCID iD Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Brasil

Matheus Santos Duarte

ORCID iD Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Brasil

Carlos Dornels Freire de Souza

ORCID iD Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Brasil

Túlio Romério Lopes Quirino

ORCID iD Secretaria de Saúde do Recife Brasil

Michael Ferreira Machado

ORCID iD Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Brasil

Resumo

O presente artigo buscou descrever o perfil dos casos de sífilis congênita (SC), em Pernambuco, e avaliar as respostas governamentais de 2008 a 2017. Trata-se de um estudo transversal, com dados obtidos do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis/MS. Conduziu-se uma análise de tendência com o programa Joinpoint e foram adotadas as seguintes variáveis: faixa etária materna, raça/cor materna, escolaridade materna, momento do diagnóstico da sífilis materna, esquema de tratamento materno, tratamento do parceiro da mãe e realização de pré-natal. De 2008 a 2017, foram registrados 9866 casos de sífilis congênita, no estado de Pernambuco. Os números de casos mostraram uma tendência crescente ao decorrer da linha temporal. Do total, 75% (n = 7.405) das mulheres com desfecho notificado de SC realizaram pré-natal, mas apenas 36,9% (n = 3.642) dos casos de sífilis, na gestação, foram diagnosticados. Quanto ao tratamento realizado, 57% (n = 6.551) foram feitos de forma inadequada. Os dados refletem a necessidade de ajustes no pré-natal, em Pernambuco, bem como o fortalecimento de ações voltadas ao controle desse indicador.

Palavras-chave


Sífilis congênita; Cuidado pré-natal; Assistência à saúde; Saúde materno-infantil


Texto completo:

Referências


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DOI: http://dx.doi.org/10.18265/1517-0306a2021v1n54p104-112

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