Sífilis congênita no estado de Pernambuco: uma análise de tendência e das respostas governamentais 2008-2017
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-0306a2021v1n54p104-112Palavras-chave:
Sífilis congênita, Cuidado pré-natal, Assistência à saúde, Saúde materno-infantilResumo
O presente artigo buscou descrever o perfil dos casos de sífilis congênita (SC), em Pernambuco, e avaliar as respostas governamentais de 2008 a 2017. Trata-se de um estudo transversal, com dados obtidos do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis/MS. Conduziu-se uma análise de tendência com o programa Joinpoint e foram adotadas as seguintes variáveis: faixa etária materna, raça/cor materna, escolaridade materna, momento do diagnóstico da sífilis materna, esquema de tratamento materno, tratamento do parceiro da mãe e realização de pré-natal. De 2008 a 2017, foram registrados 9866 casos de sífilis congênita, no estado de Pernambuco. Os números de casos mostraram uma tendência crescente ao decorrer da linha temporal. Do total, 75% (n = 7.405) das mulheres com desfecho notificado de SC realizaram pré-natal, mas apenas 36,9% (n = 3.642) dos casos de sífilis, na gestação, foram diagnosticados. Quanto ao tratamento realizado, 57% (n = 6.551) foram feitos de forma inadequada. Os dados refletem a necessidade de ajustes no pré-natal, em Pernambuco, bem como o fortalecimento de ações voltadas ao controle desse indicador.
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