A atividade de caixas bancários: sofrimento psíquico e prazer no trabalho

Luciane Albuquerque Sá de Souza

ORCID iD Centro Federal de Educação Tecnológica da Paraíba (CEFET-PB) Brasil

Mary Yale Rodrigues Neves

ORCID iD Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Brasil

Resumo

Neste artigo apresentamos uma análise sobre a relação trabalho e saúde mental dos caixas bancários de agências da Caixa Econômica Federal na cidade de João Pessoa - PB. Procuramos apreender as estratégias de regulação da sua atividade de trabalho, suas vivências de sofrimento psíquico e prazer relacionadas à atividade executada e as estratégias de defesa elaboradas para enfrentar o sofrimento e/ou processos de adoecimento. Optamos pelo uso de instrumentos como entrevistas individuais semi-estruturadas e observação da atividade inspirada à luz da Análise Ergonômica da Atividade, buscando uma leitura detalhada da atividade de trabalho realizada pelos participantes da investigação. Os dados produzidos foram interpretados através da técnica de análise de conteúdo temática, onde identificamos alguns aspectos acerca de como os caixas têm vivenciado suas experiências laborais frente a condições e organização do trabalho tão deletérias. Verificamos os movimentos realizados pelos mesmos ao criarem estratégias defensivas que os auxiliam no enfrentamento do sofrimento e na busca pela transformação deste em prazer. Neste sentido, constatamos que, apesar dos caixas bancários vivenciarem uma relação nem sempre salutar com seus clientes, paradoxalmente, é este convívio que se traduz como sua principal fonte de prazer e que dá sentido ao trabalho efetivamente realizado.

Palavras-chave


saúde; atividade de trabalho; caixas bancários


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DOI: http://dx.doi.org/10.18265/1517-03062015v1n16p9-16

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