Anglicismos e imagens em rótulos de produtos: um olhar da gramática visual

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18265/1517-03062015v1n38p95-104

Palavras-chave:

Rótulos, Anglicismos, Imagens, Gramática Visual

Resumo

Compreendendo estrangeirismos como repletos de valores simbólicos relacionados aos falantes da língua na qual se originou o empréstimo (GARCEZ; ZILLES, 2001) e a imagem como um recurso semiótico que revela significados, valores e ideologias (DIONÍSIO, 2011) que podem ser interpretados por intermédio de um letramento visual (ALMEIDA, 2011), este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa voltada para a leitura crítica de anglicismos e imagens posicionados em rótulos frontais de produtos comercializados no município de Guarabira – PB, esses compreendidos como gêneros textuais.  Na concepção de Bakthin (1979) e Marcuschi (2011), gêneros textuais se caracterizam por apresentarem um propósito comunicativo, tema, estilo e estrutura esquemática, são relativamente estáveis, mas ao mesmo tempo dinâmicos e maleáveis.  O objetivo da pesquisa foi promover uma leitura desses anglicismos associados às imagens e informar sobre a importância de buscar os seus significados, contextualizando-os à sua área de interesse. Para isso, a gramática visual (KRESS; VAN LEEUWEN, 2006) foi usada como ferramenta de análise dos dados, mostrando os significados representacionais, interacionais e composicionais contidos nos rótulos. A pesquisa foi de natureza aplicada, com finalidade descritiva de registro, quantificação, observação, identificação dos significados de anglicismos e imagens presentes nos rótulos coletados, como também de cunho qualitativo, por promover uma análise interpretativa e crítica de rótulos selecionados entre os 99 coletados, a partir de uma leitura do texto visual e verbal. Uma leitura atenta aos rótulos revelou que a disposição dos elementos pode provocar uma interação maior ou menor entre os participantes representados na imagem e o participante fora dela – o leitor/observador/consumidor –, levando-o ao desejo de comprar o produto e, também, a externar concepções ideológicas de gênero e etnia.

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Publicado

2018-02-15

Edição

Seção

Linguística, Letras e Artes

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