Entre a ética e a estética: O declínio da hesitação como limiar definidor do fantástico
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-03062015v1n32p76-83Palavras-chave:
Fronteira, Limiar, Walter Benjamin, Literatura fantástica.Resumo
Este artigo visa a refletir sobre os motivos que levaram ao declínio dos limiares nas vivências contemporâneas. À luz dos conceitos de fronteira e limiar propostos por Walter Benjamin, sugerimos que essa decadência encontra um paralelo com a literatura fantástica, cuja transfiguração do insólito e do absurdo na modernidade dissipou a hesitação como seu traço definidor. Jeanne Marie Gagnebin vincula essa transformação à forma como a experiência e a tradição foi suplantada pelo capitalismo, provocando a supressão das transições na percepção do mundo e interferindo na criação e recepção das expressões simbólicas.
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