ÍNDICE VISUAL DE SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA DE ALHO REFRIGERADO
DOI:
https://doi.org/10.35512/ras.v3i3.3654Resumo
INTRODUÇÃO: O alho é uma espécie muito utilizada na culinária brasileira que possui valor comercial relevante para o país. O conhecimento sobre a fisiologia dessa hortaliça é importante, já que essa informação pode auxiliar no controle da degradação influenciado pela germinação, visto que nesse processo ocorre transformações metabólicas que são responsáveis pela a perda de qualidade do alho comercializado. OBJETIVOS: Desta forma, objetivou-se avaliar o índice visual de superação de dormência do alho conservado sob refrigeração. MATERIAIS E MÉTODOS: O experimento foi realizado no Laboratório de Química, Bioquímica e Análise de Alimentos, do Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar, da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Pombal. Foram utilizados alho provenientes da cidade do Crato no Ceará. Para a obtenção das amostras os bulbilhos foram separados e acondicionados em recipientes plásticos, rotuladas, colocados sob temperatura refrigerada por 12 dias, sendo a análise realizada a cada três dias. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com dois fatores (4x2): sendo 4 tempos de análises (3, 6, 9 e 12 dias) e 2 formas de armazenamento do alho (com casca e sem casca). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Não houve interação nos resultados estudados, no entanto, obteve-se diferença significativa durante o armazenamento. Os valores de superação de dormência encontrados no alho com casca variaram de 36 a 64%. Já o resultado do alho sem casca foi de 43 a 64%, respectivamente. Os bulbilhos de alho refrigerado obtiveram comportamento semelhante durante o armazenamento, ou seja, ao chegar ao nono dia ambos alcançaram a quebra de dormência. Foi observado que a refrigeração estimulou a germinação, uma vez que o acréscimo da umidade aumenta a absorção de água pelos tecidos proporcionando o crescimento da radícula. CONCLUSÃO: O alho refrigerado apresentou índice de superação de dormência intensificado após 12 dias de armazenado, particularidade não aceitável comercialmente, visto que modifica a estrutura física e gera perda de qualidade do produto.