Caracterização fisico-química e microbiológica da beterraba irrigada com efluente agroindustrial

João Ferreira Neto

IFPB Campus Sousa Brasil

Pós-graduado Stricto Sensu em Horticultura Tropical, Nível de Mestrado do Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar, Campus Pombal, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)

Manoel Moisés Ferreira de Queirós

Professor da UFCG Campus de Pombal Brasil

Doutorado em Engenharia Hidráulica e Saneamento - Universidade de São Paulo

Reginaldo Gomes Nobre

Professor da UFCG Campus de Pombal Brasil

3Doutorado em Engenharia Agrícola na Universidade Federal de Campina Grande - UFCG  (Pós-Doutorado em Engenharia Agrícola no DEAg-UFCG .

Ednaldo Barbosa Pereira Junior

Professor do IFPB campus Sousa Brasil

Graduado em Geografia pela Universidade Federal de Campina Grande, mestrado em Sistemas Agrosilvopastoris no Semiárido pela Universidade Federal de Campina Grande  com doutorado em Fitotecnia pela Universidade Federal Rural do Semiárido - UFERSA ,  Professor efetivo do ensino médio, técnico e superior em agroecologia do IFPB - Campus Sousa

Januaria Caldeira de Sousa

Brasil

Graduação em Tecnologia em Agroecologia pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB)

Joice Xavier de Sousa

Brasil

Graduação em Tecnologia em Agroecologia pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) e Mestrado em Solos e Qualidade de Ecossistemas pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)

Resumo

Neste trabalho objetivou-se avaliar o teor de sólidos solúveis (Brix), pH, acidez em acido cítrico e acidez total bem como os parâmetros microbiológicos do tubérculo da cultura da beterraba (Beta vulgares L) irrigada com efluente agroindustrial procedente do processamento de leite e frutas. Os experimentos foram realizados em campo nas dependências do IFPB-campus-Sousa, no período de agosto a dezembro de 2014. Empregou-se o delineamento experimental em blocos casualizados utilizando esquema fatorial (3x5), três tipos de água e cinco doses de nitrogênio com 4 repetições, totalizando 15 tratamentos e 60 parcelas experimentais. Os tratamentos corresponderam a: água do açude de São Gonçalo, água de açude + efluente (1:1) e efluente bruto combinada com seguintes doses de Nitrogênio 0, 30, 60, 90 e 120% ou 0, 3, 6, 9 e 12g/m2. Avaliando os parâmetros físico-químicos e microbiológicos da beterraba irrigada com efluentes agroindustrial comparando com a irrigada com água de açude. Observou-se que a água de reuso não interferiu na sua composição físico-química, assim como na contaminação microbiológica, para os diferentes tratamentos não apresentando diferença significativa entre as variáveis estudadas, apontando que é possível produzir beterraba com água de reuso diluída 1:1 e bruta com qualidade igualando ao irrigar com água de açude.

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Referências


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DOI: http://dx.doi.org/10.35512/ras.v1i1.1641

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