Warfall: ensino de representação de imagens por meio de pixel art em jogo de tabuleiro
DOI:
https://doi.org/10.18265/2447-9187a2025id8672Palavras-chave:
computação desplugada, pensamento computacional, pixel art, RPG, WarfallResumo
Este artigo apresenta o desenvolvimento, implementação e avaliação do jogo de tabuleiro Warfall, um RPG inspirado em quebra-cabeças de nonogramas. Adaptado para um formato desplugado, o jogo visa ensinar representação de imagens por meio de pixel art e promover o pensamento computacional entre alunos do ensino médio. Warfall permite que os alunos aprendam representação de imagens por meio de desafios baseados em nonogramas e desenvolvam habilidades de resolução de problemas sem precisar de computadores. O estudo avalia a eficácia do jogo como ferramenta educacional e sua recepção entre os alunos. A base teórica aborda o pensamento computacional, a capacidade de resolver problemas de forma lógica e sistemática, dividir questões complexas em partes menores, identificar padrões, criar soluções passo a passo e simplificar conceitos. Essa abordagem facilita a resolução de problemas em vários domínios, não apenas em tecnologia, mas também na vida cotidiana. Além disso, a pesquisa explora metodologias de ensino desplugado, que envolvem a introdução de conceitos de computação sem o uso de dispositivos eletrônicos. Essas metodologias empregam atividades práticas, jogos e desafios para ensinar lógica, algoritmos e pensamento computacional de forma acessível e interativa, permitindo que os alunos entendam como a computação funciona usando materiais simples. Os resultados indicam que a maioria dos alunos avaliou tanto a aula de pixel art quanto o jogo Warfall positivamente, reconhecendo suas contribuições para a compreensão dos conceitos ensinados. Em média, 63,5% dos alunos acharam o jogo útil para o aprendizado, e aproximadamente 70% recomendaram seu uso contínuo. Além disso, os participantes destacaram o prazer e o estímulo ao raciocínio lógico proporcionados pela dinâmica do jogo. A conclusão enfatiza a eficácia da computação desplugada como uma abordagem pedagógica viável em contextos com infraestrutura tecnológica limitada, ressaltando os benefícios do pensamento computacional para o desenvolvimento de habilidades de resolução de problemas e criatividade.
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