Sequência didática interdisciplinar para o estudo de funções polinomiais e movimento retilíneo no Ensino Médio
DOI:
https://doi.org/10.18265/2447-9187a2025id8653Palavras-chave:
educação matemática, funções polinomiais, interdisciplinaridade, movimento retilíneoResumo
O ensino de Matemática e Ciências no Ensino Médio é frequentemente fragmentado, dificultando a compreensão integrada dos alunos sobre conceitos inter-relacionados. Avaliações internacionais, como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), destacam deficiências significativas no desempenho de alunos brasileiros nessas áreas. Em resposta a essa questão, este estudo propõe uma sequência de ensino interdisciplinar que conecta funções polinomiais com o estudo do movimento retilíneo, visando aprimorar o aprendizado contextualizado desses tópicos. A sequência proposta integra funções lineares e quadráticas com os conceitos de movimento retilíneo uniforme e uniformemente acelerado, utilizando metodologias ativas como Peer Instruction e Problem-Based Learning (PBL). A sequência é organizada em seis etapas distribuídas em 20 aulas, fomentando a interação entre os conteúdos de ambas as disciplinas e promovendo o aprendizado prático e colaborativo. Os resultados indicam que a sequência de ensino proposta facilita uma abordagem mais integrada e contextualizada dos conceitos, contribuindo para uma compreensão e aplicação mais profundas dos alunos. Este artigo sugere que o modelo proposto pode ser uma abordagem eficaz para implementar práticas pedagógicas interdisciplinares, oferecendo uma solução para a fragmentação do conhecimento e promovendo uma aprendizagem mais significativa no ensino médio.
Downloads
Referências
BARBOSA, F. E.; PONTES, M. M.; CASTRO, J. B. A utilização da gamificação aliada às tecnologias digitais no ensino da matemática: um panorama de pesquisas brasileiras. Revista Prática Docente, v. 5, n. 3, p. 1593-1611, 2020. DOI: http://dx.doi.org/10.23926/RPD.2526-2149.2020.v5.n3.p1593-1611.id905.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio. Brasília: MEC/SEB, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase. Acesso em: 19 ago. 2024.
BRASIL. Presidência da República. Secretaria-Geral. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Brasília, 2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm. Acesso em: 21 out. 2024.
BOTO, C. Por uma ética em profissão: rumo a uma nova Paideia. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, v. 6, n. 10, p. 9-26, 2002. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-32832002000100002.
CUNHA, R. S.; RIBEIRO, L. M.; SEQUEIRA, C.; BARROS, R. A.; CABRAL, L.; DIAS, T. S. O que facilita e dificulta a aprendizagem? A perspectiva de adolescentes. Psicologia em Estudo, v. 25, e46414, 2020. DOI: https://doi.org/10.4025/psicolestud.v25i0.46414.
FAZENDA, I. C. A.. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. 18 ed. Campinas: Papirus, 2011a.
FAZENDA, I. C. A. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro. 6 ed. São Paulo: Edições Loyola, 2011b.
FIASCA, A. B. A.; BELMONTE, V. N.; TAVARES, B. M.; BATISTA, M. C. A Utilização de Metodologias Ativas no Ensino de Física: uma possibilidade para o ensino de relatividade restrita na Educação Básica. Experiências em Ensino de Ciências, v. 16, n. 2, p. 367-383, 2021. Disponível em: https://fisica.ufmt.br/eenciojs/index.php/eenci/article/view/930. Acesso em: 02 nov. 2024.
FURTADO, R. S.; SILVA, V. V. A.; BRITO, A. B. S. Ensino remoto e interdisciplinaridade: notas para (re) pensar o processo de escolarização no ensino médio. Olhares & Trilhas, Uberlândia, v. 23, n. 2, p. 709-727, 2021. DOI: https://doi.org/10.14393/OT2021v23.n.2.60169.
JAPIASSU, H. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1976.
LAVE, J.; WENGER, E. Situated learning: legitimate peripheral participation. New York: Cambridge University Press, 1991.
LOVATO, F. L.; MICHELOTTI, A.; SILVA, C. I.; LORETTO, E. L. S. Metodologias ativas de aprendizagem: uma breve revisão. Acta Scientiae, v. 20, n. 2, p. 154-171, 2018. DOI: https://doi.org/10.17648/acta.scientiae.v20iss2id3690.
MORAES, D. R. S.; DOMINGOS, H. P. As mídias e a interdisciplinaridade na formação de professores: diálogos pedagógicos. Revista Educação e Linguagens, Campo Mourão, v. 4, n. 6, 2015. DOI: https://doi.org/10.33871/22386084.2015.4.6.33-53.
MAZUR, E. Peer instruction: a revolução da aprendizagem ativa. Porto Alegre: Penso, 2015.
MOZENA, E. R.; OSTERMANN, F. Dialogando sobre a interdisciplinaridade em Ivani Catarina Arantes Fazenda e alguns dos integrantes do GEPI da PUC-SP. Revista Interdisciplinaridade, n. 10, p. 95-107, 2017. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/interdisciplinaridade/article/view/32444/22457. Acesso 28 jul. 2024.
NINOW, V.; KAIBER, C. T. O projeto “lançamento de projéteis”: uma perspectiva para o ensino e aprendizagem da matemática no ensino médio. REVEMAT: Revista Eletrônica de Educação Matemática, Florianópolis, v. 11, n. 2, p. 300-317, 2016. DOI: https://doi.org/10.5007/1981-1322.2016v11n2p300.
OCDE. Country Note. Programme for International Student Assessment (PISA). Results from PISA 2018. Brazil. Paris: OECD Publishing, 2019. Disponível em: https://www.oecd.org/content/dam/oecd/en/about/programmes/edu/pisa/publications/national-reports/pisa-2018/featured-country-specific-overviews/PISA2018_CN_BRA.pdf. Acesso em: 19 ago. 2024.
OECD. PISA 2022 Results (Volume I): The State of Learning and Equity in Education, PISA, OECD Publishing, Paris, 2023. DOI: https://doi.org/10.1787/53f23881-en.
SILVA, A. P. A interdisciplinaridade no ensino de funções e cinemática: um relato de experiência de uma sequência didática. Revista Nova Paideia-Revista Interdisciplinar em Educação e Pesquisa, v. 6, n. 1, p. 178-193, 2024. DOI: https://doi.org/10.36732/riep.v6i1.369.
SILVA, I. P.; GOMES, Y. L. S.; BASTOS, K. S.; SILVA, G. S.; FEITOSA, A. M. Relação teoria/prática, interdisciplinaridade e educação pela pesquisa: reflexões à luz da experiência da residência pedagógica em física, na Universidade Federal de Alagoas. Humanidades & Inovação, v. 7, n. 5, p. 130-151, 2020. Disponível em: https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/2690. Acesso em: 11 nov. 2024.
SILVA, J. T.; SILVA, I. M. Uma revisão sistemática sobre a aprendizagem baseada em problemas no ensino de Ciências. Pesquisa e Ensino, v. 1, e202021, 2020. DOI: https://doi.org/10.37853/pqe.e202021.
SILVA, C. G.; PINHO, M. J.; VIDAL, R. C.; FERNANDES, J. C. S. Interdisciplinaridade em currículo e projetos: perspectivas críticas. Revista Nova Paideia, v. 4, n. 2, p. 23-44, 2022. DOI: https://doi.org/10.36732/riep.v4i2.136.
TEIXEIRA, N. F. Metodologias de pesquisa em educação: possibilidades e adequações. Revista Caderno Pedagógico, v. 12, n. 2, 2015. Disponível em: https://ojs.studiespublicacoes.com.br/ojs/index.php/cadped/article/view/1289. Acesso em: 21 out. 2024.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
• O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s), nem esteja publicado em anais de congressos e/ou portais institucionais;
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es). Opiniões e perspectivas expressas no texto, assim como a precisão e a procedência das citações, são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es), e contribuem para a promoção dos:
- Princípios FAIR (Findable, Accessible, Interoperable, and Reusable – localizável, acessível, interoperável e reutilizável);
- Princípios DEIA (diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade).
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigos às normas da publicação.
Responsabilidades dos autores e transferência de direitos autorais
Os autores devem declarar a originalidade do estudo, bem como o fato de que este não foi publicado anteriormente ou está sendo considerado para publicação em outro meio, como periódicos, anais de eventos ou livros. Ao autorizarem a publicação do artigo na Revista Principia, os autores devem também responsabilizar-se pelo conteúdo do manuscrito, cujos direitos autorais, em caso de aprovação, passarão a ser propriedade exclusiva da revista. A Declaração de Responsabilidades dos Autores e Transferência de Direitos Autorais deverá ser assinada por todos os autores e anexada ao sistema como documento suplementar durante o processo de submissão. Clique no link abaixo para fazer o download do modelo.
Esta revista, seguindo as recomendações do movimento de Acesso Aberto, proporciona seu conteúdo em Full Open Access. Assim os autores conservam todos seus direitos permitindo que a Revista Principia possa publicar seus artigos e disponibilizar pra toda a comunidade.
A Revista Principia adota a licença Creative Commons 4.0 do tipo atribuição (CC-BY). Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, inclusive para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
Os autores estão autorizados a enviar a versão do artigo publicado nesta revista em repositório institucionais, com reconhecimento de autoria e publicação inicial na Revista Principia.
