Injustiças socioespaciais e ambientais no contexto urbano: uma análise espacial e de percepção sobre uso, localização e acesso aos parques urbanos na cidade do Recife, Pernambuco, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18265/2447-9187a2024id8446

Palavras-chave:

Espaços Verdes Urbanos, Justiça Ambiental, Percepção Ambiental, Sistemas de Informações Geográficas

Resumo

Este trabalho teve como objetivo analisar a distribuição dos parques na cidade do Recife e comparar o acesso a três parques com características socioambientais distintas em seu entorno, à luz do conceito de justiça socioespacial. A partir da distribuição espacial dos onze parques urbanos da cidade do Recife aprofundamos a análise para três parques: Jaqueira, Macaxeira e Caiara. A escolha dos três se deu por serem próximos geograficamente, mas situados em áreas com características socioeconômicas distintas. A primeira análise se deu a partir de indicadores socioeconômicos em nível de setores censitários do entorno. E a segunda análise se deu através de questionários com usuários dos parques. Os parques urbanos estão ganhando destaque por sua importância como verdadeiros oásis de promoção de bem-estar. No entanto o acesso a este tipo de espaço ainda ocorre de maneira desigual, em especial em países em desenvolvimento. Existe uma distribuição desigual dos parques urbanos na cidade do Recife. Os parques estão majoritariamente localizados em áreas com melhores indicadores de renda, e maior concentração de população branca. Os parques em áreas menos abastadas apresentam um menor deslocamento das pessoas que frequentam. E os parques em áreas mais abastadas apresentam melhores avaliações na percepção sobre as características físicas. De maneira geral, os parques urbanos do Recife apresentam distribuição desigual em relação ao território municipal, e consequentemente de acesso. A partir da análise em relação a localização dos parques, esses espaços não contemplam todas as camadas sociais e concentram-se nas zonas mais bem avaliadas da cidade. São espaços bem mais presentes e próximos em áreas onde os indicadores socioambientais são melhores.

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Seção

Arquitetura e Urbanismo