O coeficiente de majoração dos esforços globais finais, γz: origem, evolução e tendências
DOI:
https://doi.org/10.18265/2447-9187a2022id7959Palavras-chave:
análise estrutural, estabilidade de construções, gama z, instabilidade global, parâmetro alfaResumo
Atualmente, a Engenharia vem atendendo de forma efetiva às necessidades da sociedade moderna, possibilitando a construção de edifícios cada vez mais altos com estruturas as mais econômicas possíveis. Esses edifícios são geralmente projetados com altura nominal significativa e/ou alta esbeltez geométrica, o que os torna sensíveis aos efeitos das ações horizontais e à geração de efeitos de segunda ordem, que são de magnitude considerável em relação à estabilidade e capacidade de carga da estrutura. Esse cenário destaca a importância do estudo da instabilidade global, que é avaliada por dois parâmetros oficiais: o parâmetro de instabilidade e o coeficiente , desenvolvido no Brasil. Este último, referenciado na NBR 6118:2023 (ABNT, 2023) como Coeficiente Gama Z, é usado para avaliar a significância das forças globais de segunda ordem. A investigação de sua relação conceitual e numérica com o parâmetro é o principal objetivo deste estudo. Dessa forma, foi realizada uma revisão detalhada da origem, evolução e tendências desse coeficiente, destacando concordâncias e discrepâncias entre vários autores e diferentes edições da NBR 6118 quanto aos limites e hipóteses simplificadoras consideradas no cálculo. Além disso, foi proposta uma reformulação das equações convencionais que relacionam e , levando em consideração não a redução global de 70% na rigidez, mas sim as reduções mais específicas recomendadas pela norma atual. Essa abordagem visa fornecer uma compreensão mais clara do potencial e das limitações do coeficiente, para torná-lo mais confiável e fácil de calcular.
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