Estudo da influência do agregado graúdo inadequado nas propriedades dos concretos fresco e endurecido
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-0306a2021id6050Palavras-chave:
agregado graúdo, agregado ideal, agregado inadequado, desempenho do concretoResumo
O presente estudo tem como objetivo quantificar o agregado graúdo inadequado de uma determinada amostra e avaliar a sua influência nas propriedades mecânicas do concreto fresco e endurecido. Considerando o agregado graúdo britado classificado em quatro formas, determina-se a forma alongada-lamelar como inadequada, com as dimensões comprimento/espessura > 3,0 cm e largura/espessura > 3,0 cm. Foi utilizado um agregado graúdo britado com dimensão máxima característica (DMC) em 25 mm, agregado de origem metamórfica, encontrado na região de Anápolis-GO. O agregado foi classificado em quatro categorias como forma cúbica, alongada, lamelar e alongada-lamelar, conforme o método do paquímetro para a determinação do índice de forma do agregado graúdo britado. Foram produzidos três diferentes traços de concreto, sendo o traço 1:3,5 com alto consumo de cimento, traço 1:5,0 com moderado consumo de cimento e traço 1:6,5 com baixo consumo de cimento. Dessa forma, o presente artigo tem a finalidade de avaliar a influência do agregado inadequado em diferentes situações: quantidade de materiais secos, quantidade de aglomerante e relação água/cimento (a/c). O agregado graúdo analisado apresentou um percentual de 19% de agregado inadequado (forma alongada-lamelar), e, na análise dos resultados do concreto fresco, com relação à resistência à compressão, verificou-se que essa quantidade de agregado inadequado pode influenciar negativamente nas propriedades mecânicas do concreto.
Downloads
Referências
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739: Concreto – Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos. Rio de Janeiro, 2007.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, 2014.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7211: Agregados para concreto – Especificação. Rio de Janeiro, 2005.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7251: Agregado em estado solto – Determinação da massa unitária. Rio de Janeiro, 1982.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7809: Agregado graúdo – Determinação do índice de forma pelo método do paquímetro – Método de ensaio. Rio de Janeiro, 2008.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 67: Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro, 1998.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 53: Agregado graúdo – Determinação de massa específica, massa específica aparente e absorção de água. Rio de Janeiro, 2003a.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 248: Agregados – Determinação da composição granulométrica. Rio de Janeiro, 2003b.
ACI – AMERICAN CONCRETE INSTITUTE. Guide for structural lightweight-aggregate concrete: Reported by ACI Committee 213R-87. Farmington Hills, 1999.
AL-ROUSAN, T.; MASAD, E.; TUTUMLUER, E.; PAN, T. Evaluation of image analysis techniques for quantifying aggregate shape characteristics. Construction and Building Materials, v. 21, n. 5, p. 978-990, 2007. DOI: https://doi.org/10.1016/j.conbuildmat.2006.03.005.
BSI – BRITISH STANDARDS INSTITUTION. British Standard BS 812-105.1. Testing aggregates – Part 105: Methods for determination of particle shape – Section 105.1 Flakiness index. London, 1989. Disponível em: http://saliergeotechnical.co.uk/British Standards NEW/BS EN 812/BS 812-105.1 1989.pdf. Acesso em: 15 mar. 2020.
BSI – BRITISH STANDARDS INSTITUTION. British Standard BS 812-105.2. Testing aggregates – Part 105: Methods for determination of particle shape – Section 105.2 Elongation index of coarse aggregate. London, 1990. Disponível em: http://www.saliergeotechnical.co.uk/British%20Standards%20NEW/BS%20EN%20812/BS%20812-105.2%201990.pdf. Acesso em: 15 mar. 2020.
ERDO?AN, S. T.; FOWLER, D. W. Determination of aggregate shape properties using x-ray tomographic methods and the effect of shape on concrete rheology. Research Report ICAR 106-1. Austin: University of Texas, 2005. DOI: https://doi.org/10.15781/T2SG01.
ES – EUROPEAN STANDARDS. DIN EN 933-3: Tests for geometrical properties of aggregates – Part 3: Determination of particle shape – Flakiness index. Plzen, 1997.
ES – EUROPEAN STANDARDS. DIN EN 933-4: Tests for geometrical properties of aggregates – Part 4: Determination of particle shape – Shape index. Plzen, 1999.
FABRO, F.; GAVA, G. P.; GRIGOLI, H. B.; MENEGHETTI, L. C. Influence of fine aggregates particle shape in the concrete properties. Revista IBRACON de Estruturas e Materiais, v. 4, n. 2, p. 191-212, 2011. DOI: https://doi.org/10.1590/S1983-41952011000200004.
FARIAS, M. M.; PALMEIRA, E. M.; BEJA, I. A. Agregados para a construção civil. In: ISAIA, G. C. (ed.). Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia de Materiais. 3. ed. São Paulo: IBRACON, 2017. v. 1, p. 481-524.
FRAZÃO, E. B. Tecnologia para produção e utilização de agregados. In: TANÚS, M. B.; CARMO, J. C. (ed.). Agregados para Construção Civil no Brasil: contribuições para formação de Políticas Públicas. Belo Horizonte: Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, 2007.
FRAZÃO, E. B.; PARAGUASSU, A. B. Materiais rochosos para construção. Geologia de Engenharia, São Paulo, v. único, p. 331- 342, 1998.
HONÓRIO, O. Estudo de aumento de capacidade da planta de britagem da usina I de Germano – Samarco Mineração S.A. 2010. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Beneficiamento Mineral) – Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Outro Preto, 2010. Disponível em: https://pt.scribd.com/doc/87171242/Estudo-de-Aumento-de-Capacidade-Da-Planta-de-Britagem-Da-Usina-i-de-Germano-Samarco-Mineracao-Sa. Acesso em: 15 mar. 2020.
KRUMBEIN, W. C. Measurement and geological significance of shape and roundness of sedimentary particles. SEPM Journal of Sedimentary Research, v. 11, n. 2, p. 64-72, 1941. DOI: https://doi.org/10.1306/D42690F3-2B26-11D7-8648000102C1865D.
MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Concreto: estrutura, propriedades e materiais. 3. ed. São Paulo: Pini, 2008.
O’REILLY DÍAZ, V. Método de dosagem de concreto de elevado desempenho. São Paulo: Pini, 1998.
PIOTROWSKA, E.; MALECOT, Y.; KE, Y. Experimental investigation of the effect of coarse aggregate shape and composition on concrete triaxial behavior. Mechanics of Materials, v. 79, p. 45-57, 2014. DOI: https://doi.org/10.1016/j.mechmat.2014.08.002.
POWERS, M. C. A new roundness scale for sedimentary particles. SEPM Journal of Sedimentary Research, v. 23, n. 2, p. 117-119, 1953. DOI: https://doi.org/10.1306/D4269567-2B26-11D7-8648000102C1865D.
SILVA, D. A. Estudo da influência do índice de forma do graúdo nas propriedades mecânicas do concreto. 2012. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2012. DOI: http://dx.doi.org/10.13140/RG.2.2.34443.13608.
SILVA, D. A.; MELO, C. E. L.; GEYER, A. L. B. Comparative study of ideal and inadequate coarse aggregate on the mechanical properties of concrete. International Journal of Advanced Engineering Research and Science, v. 7, n. 10, p. 176-189, 2020. DOI: https://doi.org/10.22161/ijaers.710.18.
SILVA, D. A.; GEYER, L. B. Análise e classificação da forma do agregado graúdo britado para concreto. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, v. 5, n. 12, p. 18-28, 2018. Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-civil/agregado-graudo. Acesso em: 14 abr. 2020.
UENO, A.; OGAWA, Y. Influence of coarse aggregate shape on optimum fine to total aggregate ratio using a virtual voids-ratio diagram in concrete compaction. Cement and Concrete Composites, v. 106, 103463, 2020. DOI: https://doi.org/10.1016/j.cemconcomp.2019.103463.
ZHOU, C.; FENG, D.; WU, X.; CAO, P.; FAN, X. Prediction of concrete coefficient of thermal expan-sion by effective self-consistent method considering coarse aggregate shape. Journal of Materials in Civil Engineering, v. 30, n. 12, 04018312, 2018. DOI: https://doi.org/10.1061/(ASCE)MT.1943-5533.0002520.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
• O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s), nem esteja publicado em anais de congressos e/ou portais institucionais;
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es). Opiniões e perspectivas expressas no texto, assim como a precisão e a procedência das citações, são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es), e contribuem para a promoção dos:
- Princípios FAIR (Findable, Accessible, Interoperable, and Reusable – localizável, acessível, interoperável e reutilizável);
- Princípios DEIA (diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade).
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigos às normas da publicação.
Responsabilidades dos autores e transferência de direitos autorais
Os autores devem declarar a originalidade do estudo, bem como o fato de que este não foi publicado anteriormente ou está sendo considerado para publicação em outro meio, como periódicos, anais de eventos ou livros. Ao autorizarem a publicação do artigo na Revista Principia, os autores devem também responsabilizar-se pelo conteúdo do manuscrito, cujos direitos autorais, em caso de aprovação, passarão a ser propriedade exclusiva da revista. A Declaração de Responsabilidades dos Autores e Transferência de Direitos Autorais deverá ser assinada por todos os autores e anexada ao sistema como documento suplementar durante o processo de submissão. Clique no link abaixo para fazer o download do modelo.
Esta revista, seguindo as recomendações do movimento de Acesso Aberto, proporciona seu conteúdo em Full Open Access. Assim os autores conservam todos seus direitos permitindo que a Revista Principia possa publicar seus artigos e disponibilizar pra toda a comunidade.
A Revista Principia adota a licença Creative Commons 4.0 do tipo atribuição (CC-BY). Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, inclusive para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
Os autores estão autorizados a enviar a versão do artigo publicado nesta revista em repositório institucionais, com reconhecimento de autoria e publicação inicial na Revista Principia.