Fitossanidade de espécies florestais em área em restauração na Estação Ecológica de Caetés
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-0306a2021id4468Palavras-chave:
Insetos-praga, Unidade de conservação, Mudas, Restauração florestalResumo
Ao interagir com a natureza, o homem provoca alterações que resultam na degradação de áreas, cuja restauração representa uma necessidade para reverter tal situação. O presente estudo objetiva avaliar aspectos fitossanitários, em relação a infestação por insetos-praga, em espécies nativas plantadas em áreas com fins de restauração florestal, na Estação Ecológica de Caetés Paulista – PE. Foram selecionados 10 indivíduos de cinco espécies, para avaliação, nos períodos seco e chuvoso. Quanto à sobrevivência das espécies, foi utilizada uma ficha de avaliação fitossanitária, incluindo a coleta de insetos nas plantas. Do total de mudas plantadas na área em restauração, 38,5% não sobreviveram, o que resultou na formação de clareiras. Os indivíduos apresentaram médias de altura de 2,28 m e circunferência de apenas 22,04 cm, o que demonstra pouco desenvolvimento para o tempo de plantio e o ambiente pesquisado. Foi identificada a presença de insetos em 90% dos indivíduos, porém a intensidade dos ataques foi considerada leve. A fitossanidade das espécies avaliadas revela várias espécies de pragas associadas, sendo a de maior severidade a galha-da-folha-da-aroeira, encontrada em estado de surto, sendo recomendado o acompanhamento e controle emergencial dessa praga. Além disso, foram encontrados o gafanhoto-verde em indivíduos de Clusia nemorosa, e formigas cortadeiras em toda a área.
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