Educar para os direitos humanos no espaço não formal de ensino: uma análise a partir da perspectiva das detentas da penitenciária Maria Júlia Maranhão (PB)
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-0306a2021id4259Palavras-chave:
Educação não formal, Educação nas prisões, Direitos humanosResumo
O presente artigo tem seu foco na educação para os direitos humanos no espaço não formal de ensino. A análise do tema se dá por meio das representações das detentas encarceradas no sistema penitenciário paraibano. Assim, a proposta deste artigo é identificar, a partir da perspectiva das encarceradas, qual o entendimento delas sobre os direitos humanos, pois a educação voltada para esses direitos pode trazer benefícios não apenas para elas, mas para o desenvolvimento social como um todo. O estudo também busca identificar se há um interesse, por parte das detentas, em aprender mais sobre essa temática. Quanto à metodologia, trata-se de uma pesquisa de campo com uma abordagem qualitativa, tendo sido também realizados levantamentos bibliográficos e documentais. A coleta de dados foi realizada junto às presidiárias por meio de entrevistas individuais e semiestruturadas. Os dados foram analisados com base na teoria da Análise do Discurso (AD), seguindo a linha francesa de Michel Pêcheux. No caso desta pesquisa, temos um tipo de amostragem não probabilística, já que as mulheres participantes foram escolhidas mediante critérios previamente delineados. Em linhas gerais, os resultados da pesquisa demonstram que é necessário o desenvolvimento da educação para os direitos humanos no ambiente carcerário, espaço não formal de ensino, e que há um interesse das apenadas em aprender mais sobre esse tema.
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