Práticas educativas em saúde mental: a escola como espaço para a ruptura dos estigmas sobre a doença mental
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-03062015v1n46p11-18Palavras-chave:
Educação em Saúde, Estigma Social, Participação Social, Saúde MentalResumo
Os estigmas sobre a doença mental interferem negativamente nas relações sociais. O objetivo do presente artigo é relatar a experiência de intervenções educativas dirigidas ao público escolar e à construção de ações que ampliem a inclusão social da pessoa portadora de transtorno mental, pressuposto que o ambiente escolar é propício à superação de paradigmas. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, desenvolvido com estudantes do ensino médio de uma escola integral do município de Pesqueira- PE, no período de 2016 a 2017. As intervenções educativas integraram o projeto de extensão “Interfaces Educação, Saúde e Cidadania: Caminhos para Inclusão Social dos usuários de um Centro de Atenção Psicossocial”. Foram realizados 22 encontros retratando a história da psiquiatria e as características do modelo asilar e da atenção psicossocial, com enfoque na inclusão social. Houve significativa diminuição dos estigmas no grupo de estudantes participantes, evidenciado pela ampliação de sua compreensão e adesão ao modelo de atenção psicossocial. Diante do exposto, torna-se fundamental a intensificação de projetos e ações nas escolas, uma vez que a combinação de contato direto e educação em saúde reforçam o compromisso da comunidade com a reinserção social da pessoa portadora de transtorno mental.
Downloads
Referências
ARBEX, D. Holocausto brasileiro. 1. ed. São Paulo: Geração Editorial, 2013.
BARBOSA, V. F. B.; CAPONI, S. N. C.; VERDI, M. I. M. Cuidado em saúde mental, risco e território: transversalidades no contexto da sociedade de segurança. Interface (Botucatu), Botucatu, v. 20, n. 59, p. 917-928, 2016.
BARBOSA, V. F. B. et al. Tecnologias leves para o cuidado de enfermagem na atenção psicossocial: contribuições à superação de estigmas sobre a doença mental. Extensio: R. Eletr. de Extensão, Florianópolis, v. 14, n. 26. p. 119-132, 2017.
BRASIL. Decreto Nº 6.286, de 5 de Dezembro de 2007. Diário oficial [da] República Federativa do Brasil: seção 1, Brasília, DF, p. 2, 6 dez. 2007.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Glossário temático: gestão do trabalho e da educação na saúde/Ministério da Saúde. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
CANDIDO, M. R. et al. Conceitos e preconceitos sobre transtornos mentais: um debate necessário. SMAD, Revista Eletrônica de Saúde Mental Álcool e Drogas. (Ed. port.), Ribeirão Preto, v. 8, n. 3, p. 110-117, 2012.
CASTILHO, E. W. V. O papel da escola para a educação inclusiva. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisa Social, 2009.
COSTA, T. D. et al. Contribuindo para a educação permanente na saúde mental. Persp. online: biol. & saúde, Campo dos Goytacazes, v. 23, n. 7, p. 9-15, 2017.
GOFFMAN, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Tradução de Mathias Lambert. 4. ed. Rio de Janeiro: LCT, 2004.
GONÇALVES, M.; MOLEIRO, C. Resultados de um programa piloto de desestigmatização da saúde mental juvenil. Revista Portuguesa de Saúde Pública, Lisboa, v. 34, n. 3, p. 259-275, 2016.
GUIMARÃES, A. N. Prática em saúde mental do modelo manicomial ao psicossocial: história contada por profissionais de enfermagem. 2011. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2011.
MOTA, A. D. S.; SILVA, A. L. A.; SOUZA, Â. C. Educação Permanente: Práticas e Processos da Enfermagem em Saúde. Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, Porto, v. 4, p. 9-16, 2016.
OLIVEIRA, S.; CAROLINO, L.; PAIVA, A. Programa Saúde Mental Sem Estigma: Efeitos de Estratégias Diretas e Indiretas nas Atitudes Estigmatizantes. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, Porto, n. 8, p. 30-37, 2012.
PRADO, A. L.; BRESSAN, R. A. O estigma da mente: transformando o medo em conhecimento. Rev. Psicopedag., São Paulo, v. 33, n. 100, p. 103-109, 2016.
SALLES, M. M.; BARROS, S. Exclusão/inclusão social de usuários de um centro de atenção psicossocial na vida cotidiana. Texto Contexto- Enferm, Florianópolis, v. 22, n. 3, p. 704-712, 2013a.
SALLES, M. M.; BARROS, S. Inclusão social de pessoas com transtornos mentais: a construção de redes sociais na vida cotidiana. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 18, n. 7, p. 2129-2138, 2013b.
ROSA, M. S. G. et al. Inovação na formação em saúde: O programa de educação pelo trabalho- Saúde Mental. Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, Porto, v. 4, p. 39-44, 2016.
THORNICROFT, G. et al. Reducing stigma and discrimination: Candidate interventions. International Journal of Mental Health Systems, Rockville Pike, v. 2, n. 3, p. 01- 07, 2008.
VICENTE, et al. Transtorno mental na infância: configurações familiares e suas relações sociais. Esc. Anna Nery, v. 19, n. 1, p. 107-114, 2015.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
• O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s), nem esteja publicado em anais de congressos e/ou portais institucionais;
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es). Opiniões e perspectivas expressas no texto, assim como a precisão e a procedência das citações, são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es), e contribuem para a promoção dos:
- Princípios FAIR (Findable, Accessible, Interoperable, and Reusable – localizável, acessível, interoperável e reutilizável);
- Princípios DEIA (diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade).
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigos às normas da publicação.
Responsabilidades dos autores e transferência de direitos autorais
Os autores devem declarar a originalidade do estudo, bem como o fato de que este não foi publicado anteriormente ou está sendo considerado para publicação em outro meio, como periódicos, anais de eventos ou livros. Ao autorizarem a publicação do artigo na Revista Principia, os autores devem também responsabilizar-se pelo conteúdo do manuscrito, cujos direitos autorais, em caso de aprovação, passarão a ser propriedade exclusiva da revista. A Declaração de Responsabilidades dos Autores e Transferência de Direitos Autorais deverá ser assinada por todos os autores e anexada ao sistema como documento suplementar durante o processo de submissão. Clique no link abaixo para fazer o download do modelo.
Esta revista, seguindo as recomendações do movimento de Acesso Aberto, proporciona seu conteúdo em Full Open Access. Assim os autores conservam todos seus direitos permitindo que a Revista Principia possa publicar seus artigos e disponibilizar pra toda a comunidade.
A Revista Principia adota a licença Creative Commons 4.0 do tipo atribuição (CC-BY). Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, inclusive para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
Os autores estão autorizados a enviar a versão do artigo publicado nesta revista em repositório institucionais, com reconhecimento de autoria e publicação inicial na Revista Principia.