Práticas educativas em saúde mental: a escola como espaço para a ruptura dos estigmas sobre a doença mental

Autores

  • Dária Catarina Silva Santos Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), Campus Pesqueira http://orcid.org/0000-0003-2941-5595
  • Iandra Rodrigues da Silva Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), Campus Pesqueira http://orcid.org/0000-0002-4748-1337
  • Valquiria Farias Bezerra Barbosa Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), Campus Pesqueira
  • Shimmeny Hilka Vasconcelos Ferreira Centro de Atenção Psicossocial II, Cultivando Sorrisos, Pesqueira (PE)
  • Cênia Gabrielle Oliveira de Barros Centro de Atenção Psicossocial II, Cultivando Sorrisos, Pesqueira (PE) http://orcid.org/0000-0001-8567-6031

DOI:

https://doi.org/10.18265/1517-03062015v1n46p11-18

Palavras-chave:

Educação em Saúde, Estigma Social, Participação Social, Saúde Mental

Resumo

Os estigmas sobre a doença mental interferem negativamente nas relações sociais. O objetivo do presente artigo é relatar a experiência de intervenções educativas dirigidas ao público escolar e à construção de ações que ampliem a inclusão social da pessoa portadora de transtorno mental, pressuposto que o ambiente escolar é propício à superação de paradigmas. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, desenvolvido com estudantes do ensino médio de uma escola integral do município de Pesqueira- PE, no período de 2016 a 2017. As intervenções educativas integraram o projeto de extensão “Interfaces Educação, Saúde e Cidadania: Caminhos para Inclusão Social dos usuários de um Centro de Atenção Psicossocial”. Foram realizados 22 encontros retratando a história da psiquiatria e as características do modelo asilar e da atenção psicossocial, com enfoque na inclusão social. Houve significativa diminuição dos estigmas no grupo de estudantes participantes, evidenciado pela ampliação de sua compreensão e adesão ao modelo de atenção psicossocial. Diante do exposto, torna-se fundamental a intensificação de projetos e ações nas escolas, uma vez que a combinação de contato direto e educação em saúde reforçam o compromisso da comunidade com a reinserção social da pessoa portadora de transtorno mental.

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Publicado

2019-09-13

Edição

Seção

Ciências da Saúde