Smartphones e o ensino de química orgânica: o uso de jogos pode influenciar no aprendizado?

Antônia Vanúzia Nunes da Silva Araújo

Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) Brasil

Ayla Márcia Cordeiro Bizerra

ORCID iD Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) Brasil

Demétrios Araújo Magalhães Coutinho

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) Brasil

Resumo

O processo de ensino e aprendizagem da Química ainda é considerado difícil, mesmo com toda a tecnologia disponível para seu aprimoramento, embora essa mesma tecnologia seja responsável por distrações dos discentes nas aulas. O exemplo mais comum desses artefatos são os smartphones, dispositivos cada vez mais versáteis e inseridos no cotidiano de quase todas as pessoas. Aliar esse objeto ao ensino pode ser uma alternativa útil para a superação das dificuldades inerentes a esse processo. Este trabalho tem como objetivo apresentar a contribuição de jogos educativos, na plataforma Android, no processo de aprendizagem de funções orgânicas, em uma escola pública na cidade de Pau dos Ferros (RN). Inicialmente, usou-se o Google Play Store® para verificar a disponibilidade de jogos que lidam com temas de Química Orgânica. Escolheram-se, então, quatro aplicativos para serem utilizados como metodologia complementar para a resolução de exercícios relacionados à disciplina. Além disso, coletaram-se as opiniões dos alunos em relação ao método utilizado e observou-se que esses dispositivos, quando utilizados de forma controlada, planejada e adequada, podem contribuir de maneira positiva para a motivação e interesse dos alunos durante as aulas.

Palavras-chave


Smartphones; Jogos; Aprendizagem; Química Orgânica


Texto completo:

Referências


ALBORNOZ, S. G. Jogo e trabalho: do homo ludens, de Johann Huizinga, ao ócio criativo, de Domenico De Mais. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, v. 12, n. 1, p. 75-92, 2009.

BARBOSA NETO, J. F. Uma metodologia de desenvolvimento de jogos educativos em dispositivos móveis para ambientes virtuais de aprendizagem. 2013. Dissertação (Mestrado em Ciência da Computação) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2013.

BARBOSA NETO, J. F.; FONSECA, F. S. Jogos educativos em dispositivos móveis como auxílio ao ensino da matemática. Revista Novas Tecnologias na Educação (RENOTE) – CINTED, v. 11, n. 1, 2013.

BEHRENS, M. A. Mediação pedagógica e o uso da tecnologia. In: MORAM, J. M.; MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 21. ed. Campinas, SP: Papirus, 2013.

CUNHA, M. B. Jogos no ensino de Química: considerações teóricas para sua utilização em sala de aula. Química Nova na Escola, v. 34, n. 2, p. 92-98, 2012.

FARIA, T. C. L.; NUÑEZ, I. B. A aprendizagem na perspectiva de Jean Piaget. 2004. In: NUÑEZ, I.S. B.; RAMALHO, B. L. (org.). Fundamentos do Ensino-Aprendizagem das Ciências Naturais e da Matemática: o Novo Ensino Médio. Porto Alegre: Sulina, 2004.

GARAVAGLIA, A. Dispositivos móveis na escola: redefinição de ambientes e métodos de aprendizagem no contexto italiano. Perspectiva, v. 33, n. 2, p. 573-588, 2015

KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. 8. ed. Campinas, SP: Papirus, 2012.

LEÃO, D. M. M. Paradigmas contemporâneos de educação: escola tradicional e escola construtivista. Cadernos de Pesquisa, n. 107, p. 187-206, 1999.

LEITE, B. S. Tecnologias no ensino de química: teoria e prática na formação docente. Curitiba, PR: Appris, 2015.

LIMA, E. R. P. O.; MOITA, F. M. G. S. C. A tecnologia e o ensino de química: jogos digitais como interface metodológica. 2011. In: SOUZA, R. P.; MOITA, F. M. G. S. C.; CARVALHO, A. B. (org.). Tecnologias digitais na educação. Campina Grande: EDUEPB, 2011.

MATEUS, A. L.; DIAS, D. A. A educação na sua mão: celulares e tablets. In: MATEUS, A. L. (org.). Ensino de Química mediado pelas TICs. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2015.

MILARÉ, T.; MARCONDES, M. E. R.; REZENDE, D. B. Discutindo a Química do Ensino Fundamental através da análise de um caderno escolar de Ciências do nono ano. Química Nova na Escola, v. 36, n. 3, p. 231-240, 2014.

NICHELE, A. G. Tecnologias móveis e sem fio nos processos de ensino e de aprendizagem em química: uma experiência no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul. 2015. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, RS, 2015.

NICHELE, A. G.; SCHLEMMER, E. Mobile Learning em Química: uma análise acerca dos aplicativos disponíveis para tablets. Encontro de Debates sobre o Ensino de Química (EDEQ), Ijuí, n. 33, out. 2013. Trabalho apresentado no 33º Encontro de Debates sobre o Ensino de Química, 2013, Ijuí, RS.

SANTOS, E. J.; VILLALOBOS, A. P. O. As políticas de informação digital adotadas nas escolas públicas no Nordeste. Informação & Informação, v. 22, n. 2, p. 356-370, 2017.

SCHNETZLER, R. P. A pesquisa no ensino de química e a importância da Química Nova na Escola. Química Nova na Escola, n. 20, 2004.

SOARES, M. H. F. B. O lúdico em Química: jogos e atividades aplicados ao ensino de Química. 2012. Tese (Doutorado em Ciências) – Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2012.

SOUZA, M. M.; RESENDE, R. F.; PRADO, L. S.; FONSECA, E. F.; CARVALHO, F. A.; RODRIGUES, A. D. SPARSE: um ambiente de ensino e aprendizado de Engenharia de Software baseado em jogos e simulação. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO, 21., 2010, João Pessoa. Anais do SBIE 2010. Porto Alegre: SBC, 2010.

TRINDADE, J. O.; HARTWIG, D. R. Uso combinado de mapas conceituais e estratégias diversificadas de ensino: uma análise inicial das ligações químicas. Química Nova na Escola, v. 34, n. 2, p. 83-91, 2012.

UNESCO – ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA. Diretrizes de políticas da UNESCO para a aprendizagem móvel. Brasília: Representação da UNESCO no Brasil, 2014. p. 41.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

ZANON, D. A. V.; GUERREIRO, M. A. S.; OLIVEIRA, R. C. Jogo didático Ludo Químico para o ensino de nomenclatura dos compostos orgânicos: projeto, produção, aplicação e avaliação. Ciências & Cognição, v. 13, n. 1, p. 72-81, 2008.


DOI: http://dx.doi.org/10.18265/1517-03062015v1n44p192-204

O arquivo PDF selecionado deve ser carregado no navegador caso tenha instalado um plugin de leitura de arquivos PDF (por exemplo, uma versão atual do Adobe Acrobat Reader).

Como alternativa, pode-se baixar o arquivo PDF para o computador, de onde poderá abrí-lo com o leitor PDF de sua preferência. Para baixar o PDF, clique no link abaixo.

Caso deseje mais informações sobre como imprimir, salvar e trabalhar com PDFs, a Highwire Press oferece uma página de Perguntas Frequentes sobre PDFs bastante útil.

Visitas a este artigo: 2903

Total de downloads do artigo: 2198