Um estudo sobre a tripartição dos setores dos apartamentos em João Pessoa
DOI:
https://doi.org/10.18265/1517-03062015v1n22p59-68Palavras-chave:
tipologia, tripartição, habitação, setoresResumo
Na Idade Média, a Europa tinha habitações que se apresentavam como um grande espaço, onde se realizavam atividades de cozinhar, comer, dormir, etc. Em meados do século XIX, essas habitações começaram a reproduzir os padrões burgueses parisienses, caracterizados pela tripartição. A esse modelo de partição coube o papel de fragmentar a habitação nos setores: social, íntimo e de serviços. Desta feita, este artigo objetiva analisar os apartamentos de João Pessoa entre 2006 e 2011, com foco nessa tripartição burguesa da habitação. Para tanto, a princípio, levantou-se o número de prédios residenciais em construção, a partir de 4 pavimentos, obtendo-se o universo de 597 empreendimentos, do qual retirou-se uma amostra de 240 edificações. Coletou-se plantas de folders ou de projetos obtidos diretamente com construtoras, que foram lançadas no AUTOCAD e analisadas tipologicamente. A partir dessas análises, buscou-se verificar as mudanças ocorridas nos apartamentos, tais como: percentuais de áreas destinadas a cada setor e quantidade de cômodos. Percebeu-se que a influência da tripartição burguesa na habitação ainda é muito forte desde os apartamentos mais simples aos de padrão mais elevado. Comprovou-se isso a partir da quantidade de apartamentos separados em setores funcionais.
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