AGROECOLOGIA COMO FERRAMENTA PARA O TURISMO RURAL AGROFAMILIAR EM ASSENTAMENTO JUAZEIRO, MARIZÓPOLIS-PB

Maria da Conceição Leite da Silva

IFPB Brasil

Sou Agroecóloga e Técnica Ambiental

Maria Eveline de Lucena Nascimento

IFPB

Agroecóloga, Técnica Ambiental, Técnica Agroepecuária

Mateus Goncalves Silva

IFPB Brasil

Agroecólogo, Mestrando em Sistemas Agroindustriais

Vanclea Teles da Silva

IFPB Brasil

Agroecóloga

Selma dos Santos Feitosa

IFPB Brasil

Professora Orientadora, D. Sc. Agronomia

Resumo

Turismo rural agrofamiliar (TRAF) é uma modalidade de turismo realizada no âmbito de agroecossistemas de famílias agricultoras, nela, as pessoas interagem-se através das atividades desenvolvidas, que podem ser de cunho cultural, social e/ou produtivo, onde há troca de experiências entre os agricultores e visitantes. Essa alternativa de serviço fornece oportunidades para o agricultor familiar fortalecer sua economia, valorizar seu modo de vida, diminuir o êxodo rural e impulsionar o desenvolvimento e conhecimento da região. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi de identificar atividades agroecológicas que podem ser implementadas para o TRAF no âmbito do Projeto de Assentamento (P.A.) Juazeiro, município de Marizópolis PB. A pesquisa teve caráter participativo e qualiquantitativo, sendo utilizada como ferramenta entrevista com questionário semiestruturado aplicada para com 20 famílias assentadas da localidade, afim de estabelecer o perfil das potencialidades para desenvolvimento do TRAF. O questionário continha perguntas a respeito do perfil social dos agricultores, o tempo em que vivem no ambiente e a categorização das potencialidades para o TRAF com questões acerca da produção agropecuária e a utilização de tecnologias sociais rurais. Para análise dos dados usou-se a estatística descritiva e os mesmos foram apresentados em percentuais com gráficos confeccionados através do programa microsoft excel 2013. Com base nos dados obetidos, o perfil social dos agricultores da região categorizou-se com 45% mulheres e 55% homens, com faixa etária entre 36 e 45 anos (30%), 25% entre 46 e 60 anos, 20% entre 26 e 35 anos, e 20% com idade superior a 60 anos. Verificou-se que 100% tem como estado civil casado e possuem em média dois filhos. Sobre o tempo de moradia na localidade, a maioria (47%) responderam que já estão no P.A. Juazeiro a mais de 10 anos, (25%) a mais de 15 anos, (19%) de 5 a 10 anos e (9%) sempre moraram na comunidade. Vêm produzindo principalmente culturas agrícolas com feijão, milho e hortaliças, e animais proveniente da bovinocultura, avicultura e caprinocultura. As tecnologias sociais rurais mais disseminadas são as cisternas, os quintais produtivos, o reuso de água, barragem subterrânea. Com relação a implantação do TRAF, os entrevistados ficaram em dúvidas, muitos (55%) não implantariam por não ter conhecimento da modalidade, já outros (45%), implantariam. Conclui-se que no P.A. Juazeiro as alternativas agropecuárias agroecológicas e tecnologias sociais rurais são potenciais para a prática do TRAF. Porém ressalta-se ainda, a necessidade de melhor organização social por parte dos assentados para conduzir o processo de conhecimento, implantação e desenvolvimento do turismo na região. A união comunitária por meio de associações e cooperativas são imprescindíveis nesse processo.

 

Palavras-chave: Agroturismo; Semiárido; Desenvolvimento Regional.

Texto completo:

DOI: http://dx.doi.org/10.35512/ras.v3i3.3610

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