Resistência à anti-helmínticos por nematódeos gastrintestinais de bovinos na Paraíba: resultados preliminares

LUANA CARNEIRO DE SOUSA

Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba, Campus Sousa Brasil

Clarisse Silva de Menezes Oliveira

Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba, Campus Sousa Brasil

Felipe Boniedj Ventura Alvares

Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba, Campus Sousa Brasil

Lídio Ricardo Bezerra de Melo

Programa de pós graduação em Ciência e Saúde Animal, Universidade Federal de Campina Grande, Campus Patos Brasil

Vinícius Longo Ribeiro Vilela

Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba, Campus Sousa Brasil

Resumo

INTRODUÇÃO: A bovinocultura ocupa lugar de destaque no cenário mundial, sendo o Brasil um dos maiores produtores de leite e exportadores de carne bovina. Na Paraíba, a produção de ruminantes é uma atividade viável, fornecendo uma das principais fontes de proteína animal para a alimentação humana, entretanto, existem alguns limitantes na produtividade dos rebanhos, dentre eles, as endoparasitoses gastrintestinais. Essas enfermidades são responsáveis pela diminuição no consumo de alimentos e absorção de nutrientes, crescimento retardado e consequentemente queda na produção de carne e leite, além de mortalidade dos animais. A principal forma de controle parasitário é feita pelo uso de compostos químicos de amplo espectro de atuação, no entanto, a utilização irracional de anti-helmínticos vem contribuindo para a resistência dos parasitos gastrintestinais. OBJETIVOS: Avaliar a eficácia de anti-helmínticos sobre nematódeos gastrintestinais de bovinos no estado da Paraíba e determinar a incidência dos gêneros de helmintos gastrintestinais nos rebanhos bovinos estudados. METODOLOGIA: Foram realizadas coletas em dez propriedades, de cada propriedade, foram coletadas fezes de 40 animais, de ambos os sexos, sem tratamento anti-helmíntico por pelo menos três meses. Estes, foram divididos em quatro grupos, tratados com quatro fármacos anti-helmínticos diferentes, sendo o grupo I tratado com cloridrato de levamisol a 7,5% (1 mL/20 kg), o grupo II, com ivermectina a 1% (1 mL/50 kg), o grupo III, com albendazol a 10% (1 mL/ 40 kg) e o grupo IV, com closantel a 25% (1 mL/50 kg), todos pela via intramuscular. As amostras fecais foram coletadas diretamente da ampola retal, armazenadas e identificadas em sacos plásticos e enviadas para o Laboratório de Parasitologia Veterinária do Instituto Federal da Paraíba para a realização das análises. Foram realizadas a contagem de ovos por grama de fezes (OPG) do dia 0 e dia 10 e a obtenção de larvas infectantes por meio de coproculturas. Para a determinação da eficiência dos tratamentos, utilizou-se o teste de Redução da Contagem de Ovos Fecais (RCOF) pela seguinte fórmula: RCOF=[1-(OPGf /OPGi )]x100. Onde: OPGf = média do OPG final; OPGi = média do OPG inicial. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Multirresistência foi observada em todas as propriedades avaliadas, com 40% (4/10) apresentando resistência a duas drogas, 50% (5/10) apresentando resistência a três drogas e 10%  (1/10) apresentando resistência à todos os medicamentos avaliados. Observou-se que o levamisol foi altamente eficaz em 30% (3/10) das propriedades, enquanto a ivermectina e o albendazol apresentaram a menor eficácia, sendo considerados insuficientemente ativos em 90% (9/10) das propriedades. O closantel foi eficaz em apenas 30% (3/10) das propriedades. Foi observada a presença de quatro gêneros de helmintos, sendo Haemonchus spp. o mais prevalente, seguido por Trichostrongylus spp., Oesophagostomum sp. e Strongyloides spp. CONCLUSÃO: Os nematódeos gastrintestinais de bovinos na Paraíba estão altamente resistentes a ivermectina, albendazol e closantel. Apesar do levamisol apresentar-se como o fármaco que reduziu o maior número de ovos, traços de resistências a este já são evidenciados. Palavras-chave: Anti-helmíntico. Resistência. Ruminantes.

Texto completo:

DOI: http://dx.doi.org/10.35512/ras.v5i2.5113

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