Avaliação dos motoristas e motociclistas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) quanto ao ruído
DOI:
https://doi.org/10.18265/2594-4355a2019v1n1p1-8Keywords:
Nível de pressão sonora. Exposição ocupacional. Saúde ocupacional. Medidas de controle.Abstract
Os motoristas e motociclistas do SAMU estão expostos a inúmeros riscos ocupacionais e o risco físico ruído está entre os mais prejudiciais à sua saúde. Esses profissionais geralmente trabalham em longas jornadas de trabalho diurnas e noturnas e estão constantemente sob a exposição de elevados níveis de ruído. O objetivo deste estudo é avaliar o nível de exposição ao ruído e propor medidas mitigadoras para os motoristas e motociclistas do SAMU que conduzem as ambulâncias e as motolâncias no exercício de suas atividades no trânsito do município de Cuiabá-MT. A metodologia consistiu em medir o nível de pressão sonora utilizando um dosímetro de ruído, durante a jornada de trabalho dos motoristas e motociclistas em duas unidades de atendimento do SAMU. A configuração do instrumento seguiu os parâmetros definidos nas Normas Regulamentadoras NR 09 e NR 15. Também foi aplicado um questionário aos condutores para verificar em que posição as janelas da ambulância estavam durante as ocorrências, qual ruído mais incomodava e se haviam feito exames audiométricos recentemente. Os resultados mostraram elevada exposição ao ruído variando entre 76,1 e 91,1 dB(A) com extrapolação das Normas Regulamentadoras NR 09 e NR 15, a influência da janela no aumento do incômodo ao ruído e a não realização de exames audiométricos. Neste estudo verifica-se a necessidade de implantação de medidas de controle que visam à redução desse fator de risco a limites toleráveis.References
BRASIL. Ministério da Saúde, Portaria nº 2.971, 8 de dezembro de 2008. Institui o veículo motocicleta -motolância como integrante da frota de intervenção do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência em toda a Rede SAMU 192 e define critérios técnicos para sua utilização. Diário Oficial de República Federativa do Brasil, nº 239, de 9 de dezembro de 2008, Seção 1, página 69, Brasília, 2008.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora NR 17 – Ergonomia. Portaria SIT n.º 13, de 21 de junho de 2007.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora NR 07 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Portaria MTE n.º 1.892, de 09 de dezembro de 2013.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora NR 15 – Atividades e Operações Insalubres. Portaria MTE n.º 1.297, de 13 de agosto de 2014.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora NR 09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Portaria MTb n.º 871, de 06 de julho de 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192). Brasília, 2018. Disponível em:http://portalms.saude.gov.br/acoes-e-programas/samu. Acessado em: 26 abr. 2018.
GANIME, J.F.; ALMEIDA DA SILVA L.; ROBAZZI, M.L. DO C.C.; VALENZUELA SAUZO, S.; FALEIRO, S.A. O Ruído como um dos Riscos Ocupacionais: Uma Revisão da Literatura. Revista Electronica Enfermería Global, nº19, Espanha, 2010. Disponível: http://scielo.isciii.es/pdf/eg/n19/pt_revision1.pdf. Acessado em: 02 jun. 2018.
GIULIANI, A. O nível de ruído próximo aos motoristas de ônibus urbano na cidade de Porto Alegre, RS. Revista Liberato, Novo Hamburgo, Porto Alegre, v.12, n. 17, p.01-106. Disponível em: http://www.liberato.com.br/sites/default/files/arquivos/Revista_SIER/v.%2012%2C%20n.%2017%20%282011%29/8.%20O%20n%EDvel%20de%20ru%EDdo.pdf. Acessado em: 02 jun. 2018.
KARIMI, A.; KAZEROONI, F.; NASIRI, S.; OLIAEI, M. Noise induced hearing loss risk assessment in truck drivers. Noise and Health. 2010; 12(46):49-55. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20160390. Acessado em: 15 jul. 2018.
MARQUES, F. P.; COSTA, E. A (2006). Exposição ao ruído ocupacional: alterações no exame de emissões otoacústicas. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, São Paulo, vol.72, n.3, 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-72992006000300011&script=sci_abstract&tlng=pt. Acessado em: 10 jul. 2018.
NITSCHKE, C. A. S.; LOPES, N. G.; BUENO, R. M. L. Riscos Laborais em Unidade de Tratamento Intensivo Móvel. [Monografia de Especialização] Florianópolis (SC): Universidade Federal de Santa Catarina; 2000. Disponível em: http://www.bvsde.ops-oms.org/bvsacd/cd49/movel.pdf. Acessado em: 27 abr. 2018.
ODA, L. M.; AVILA, S. M. Biossegurança em laboratórios de saúde pública, Brasília. [Monografia], Ministério da Saúde; 1998. 304 p, 1998. Disponível em: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_fisicos.html. Acessado em: 27 abr. 2018.
OLIVEIRA, R. C.; SILVA, T. C. A.; MAGALHÃES, M. C.; SANTOS, J. N. Exposição ao Ruído Ocupacional pelos Tripulantes de Ambulâncias, Rev. CEFAC vol.17 n.3, ISSN1982-0216, São Paulo, 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462015000300847. Acessado em: 26 abr. 2018.
OMS. Organização Mundial de saúde. Noise, Dinamarca, 2018. Disponível em: http://www.euro.who.int/en/health-topics/environment-and-health/noise. Acessado em: 26 abr. 2018.
PORTELA, B. S.; ZANNIN, P. H. T. Níveis de Pressão Sonora em Ônibus Urbanos com Diferentes Localizações de Motor, Curitiba-PR. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Paulo_Zannin/publication/324831503_NIVEIS_DE_PRESSAO_SONORA_EM_ONIBUS_URBANOS_COM_DIFERENTES_LOCALIZACOES_DE_MOTOR/links/5ae621310f7e9b9793c7a227/NIVEIS-DE-PRESSAO-SONORA-EM-ONIBUS-URBANOS-COM-DIFERENTES-LOCALIZACOES-DE-MOTOR.pdf?origin=publication_detail. Acessado em: 01 mai. 2018.
SILVA, G.L.L.; GOMEZ, M.V.S.G; ZAHER V.L (2006). Perfil Audiológico de Motoristas de Ambulância de Dois Hospitais na Cidade de São Paulo – Brasil. Arq. Int. Otorrinolaringol. 2006;10(2):132-40. Disponível em: http://www.arquivosdeorl.org.br/conteudo/acervo_port.asp?id=373. Acessado em: 02 mai. 2018.
SALIBA, T. M. Manual prático de avaliação e controle do ruído: PPRA. 6 ed. São Paulo: LTr, 2011. 136p.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Ao submeter a esta revista, os autores declaram que:
- em sendo aprovado, concordam com a publicação do manuscrito na revista;
- o manuscrito é original e que não está em processo de avaliação por outra(s) revista(s);
- todas as informações contidas no manuscrito são verdadeiras ou baseadas em pesquisas;
Como parte do processo de submissão À REBRAST, o(s) autor(es) deve(m) preencher o Modelo de Declaração de Direitos Autorais e anexá-lo, como documento suplementar na plataforma de submissão.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As provas finais serão enviadas aos autores. As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade.