DESSALINIZADORES SOLARES: UM MODELO DE TECNOLOGIA SOCIAL APLICADA NO CARIRI PARAIBANO

Authors

  • Rebeca Noemi de Oliveira Bezerra Graduanda em Tecnólogo em Agroecologia, Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, Universidade Federal de Campina Grande.
  • Dayane Florencio Siqueira Graduanda em Tecnólogo em Agroecologia, Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, Universidade Federal de Campina Grande.
  • Danilo Silva dos Santos Graduando em Tecnólogo em Agroecologia, Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, Universidade Federal de Campina Grande.
  • Valéria Bezerra de Freitas Graduanda em Tecnólogo em Agroecologia, Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, Universidade Federal de Campina Grande.
  • Fabiana Pimentel macêdo Farias Docente, Unidade Acadêmica de Tecnologia do Desenvolvimento, Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, Universidade Federal de Campina Grande.

DOI:

https://doi.org/10.35512/ras.v3i4.3670

Abstract

Dar-se o nome de Tecnologia Social todo o produto, método, processo ou técnicas criadas para solucionar algum tipo de problema de cunho social que atendam as demandas do simples, barato, de fácil aplicabilidade e impacto social comprovado. Os dessalinizadores solares são exemplos de tecnologias sociais de baixo custo, baixa manutenção, que não utilizam eletricidade, nem elementos filtrantes e livres de produtos químicos, e que traz benefícios socioambientais fornecendo água potável às comunidades rurais com escassez de água para consumo humano. Em muitos casos, a única fonte de água utilizada pelos agricultores decorre de poços artesianos, que apresentam elevado teor de sal. O objetivo deste trabalho trata da aplicação de uma tecnologia social, especificamente, um dessalinizador solar de baixo custo, evidenciando a sua eficiência quanto a obtenção de água potável para uso doméstico, mostrando a possível convivência e autonomia das comunidades rurais do semiárido paraibano em períodos de seca. Localizado na microrregião do Cariri Oriental Paraibano, próximo ao município de Caraúbas, está o Sítio Luíz Gomes, que faz uso de dessalizadores solares, obtendo água potável para diversos fins. Foram construídos 10 dessalinizadores, cada um custando em média R$ 900,00. Os materiais utilizados foram: cimento, areia, brita, canos, vidros transparentes, lonas enceradas, zinco, caixa d’água. O processo de dessalinização consiste na construção de placas de concreto cobertas com vidros transparentes, semelhante a forma de um telhado, para a passagem da radiação solar. No interior do dessalinizador coloca-se água sobre uma lona encerada, e com o aumento da temperatura ocorre a evaporação dessa água, que por sua vez entra em contato com a superfície (vidro), que está com a temperatura mais baixa, havendo a condensação e voltando ao seu estado líquido, mas agora sem sais e sem microrganismos patógenos, causadores de doenças. A água obtida é armazenada. A limpeza para retirada do sal é realizada a cada 30 dias. Com a implementação dessa tecnologia social foi possível obter cerca de 150 litros de água por dia. Isto levou a uma grande economia, já que essa propriedade fazia uso da compra de água por meio de carros pipa para as diversas atividades, inclusive as domésticas. A ideia foi de grande importância para a propriedade devido à escassez de água naquela região, ajudando na produção vegetal de horta, fruteiras, plantas medicinais e uso doméstico. Além disso, possibilitou a garantia de água para produção animal nos períodos de estiagem. Portanto, observa-se que por meio de tecnologias simples e aproveitando o potencial de energia solar disponível, é possível criar meios de convivência com a seca, além de maximizar na renda da família evitando gastos com despesas na obtenção de água. Isto, no entanto, propicia a permanência do homem no campo, zona rural, com água boa e que atenda às suas necessidades para a sua sobrevivência.

Author Biographies

Rebeca Noemi de Oliveira Bezerra, Graduanda em Tecnólogo em Agroecologia, Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, Universidade Federal de Campina Grande.

Graduanda em Tecnólogo em Agroecologia, Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, Universidade Federal de Campina Grande. E-mail: n.rebeca123@gmail.com

Dayane Florencio Siqueira, Graduanda em Tecnólogo em Agroecologia, Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, Universidade Federal de Campina Grande.

Graduanda em Tecnólogo em Agroecologia, Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, Universidade Federal de Campina Grande.

Danilo Silva dos Santos, Graduando em Tecnólogo em Agroecologia, Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, Universidade Federal de Campina Grande.

Graduando em Tecnólogo em Agroecologia, Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, Universidade Federal de Campina Grande.

Valéria Bezerra de Freitas, Graduanda em Tecnólogo em Agroecologia, Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, Universidade Federal de Campina Grande.

Graduanda em Tecnólogo em Agroecologia, Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, Universidade Federal de Campina Grande.

Fabiana Pimentel macêdo Farias, Docente, Unidade Acadêmica de Tecnologia do Desenvolvimento, Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, Universidade Federal de Campina Grande.

Docente, Unidade Acadêmica de Tecnologia do Desenvolvimento, Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, Universidade Federal de Campina Grande.

Published

2020-01-17

Issue

Section

RESUMO SIMPLES -III CETIS - 2020 - Agropecuária

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